Um agente farmacêutico afecto ao Hospital Provincial de Pemba, em Cabo Delgado, norte de Moçambique, foi suspenso das suas actividades acusado de envolvimento no roubo de medicamentos.
O director provincial de saúde em Cabo Delgado, Mussa Ibraimo Agy, disse à Rádio Moçambique, estação pública, que o funcionário ora suspenso foi surpreendido em flagrante delito a roubar medicamentos no armazém provincial de Pemba. Os medicamentos roubados estão avaliados em dois mil meticais (um dólar equivale a cerca de 31,7 meticais).
Segundo Mussa Ibraimo Agy, o caso já foi entregue às autoridades policiais de Pemba, enquanto decorre, na direcção provincial de saúde, a elaboração do processo disciplinar contra o funcionário em causa. Este caso ocorre mesmo depois de sucessivas advertências das autoridades sanitárias e governamentais.
O Ministro da saúde já veio a público, bastas vezes, reafirmando “tolerância zero” contra os funcionários do sector envolvidos no roubo de medicamentos. Os medicamentos roubados muitas vezes são fornecidos a farmácias privadas ou vendidos no mercado informal em condições não recomendáveis e os cidadãos vão adquiri-los sem prescrição médica, com consequências negativas.
No rol dos medicamentos vendidos no mercado informal constam paracetamol, aspirina, fansidar, anti-retrovirais, entre outros fármacos. A aquisição de medicamentos para o Serviço Nacional de Saúde custa anualmente ao Estado 100 milhões de dólares.