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Buscas por avião da Malásia entram na nova fase submersa

Um submarino teleguiado dos EUA será accionado para vasculhar o leito de uma parte do oceano Índico em busca de destroços do avião da Malaysia Airlines desaparecido há mais de um mês, o que marca o início de uma nova fase nas buscas.

Angus Houston, chefe da agência australiana que coordena as buscas, disse que a vida útil das baterias que alimentam os sinalizadores electrónicos da caixa-preta provavelmente já esgotou-se, e que há poucas chances de encontrar peças flutuantes.

A busca agora será feita principalmente pelo “drone” submarino Bluefin 21, que mergulha a até 4.500 metros de profundidade. O voo MH370 desapareceu a 8 de Março, cerca de uma hora depois de decolar de Kuala Lumpur com direcção a Pequim, com 227 passageiros 12 tripulantes.

O Boeing teve seus equipamentos de localização desligados, mas os dados de radares militares indicam que o avião alterou a sua rota antes de desaparecer. Os és pecialistas suspeitam que ele tenha caído no Índico, mas não sabem explicar o que ocorreu.

As buscas concentram-se num ponto cerca de 1.550 quilómetros a noroeste de Perth, na Austrália. Quatro sinais electrónicos recebidos dias atrás nessa área por equipamentos especiais deram confiança aos participantes das buscas As caixas-pretas, que contêm dados de voo e gravações de voz da cabine de comando, têm um sinal electrónico que funciona durante cerca de 30 dias.

Houston disse que, esgotado esse prazo, o equipamento norte-americano especializado em buscar esse tipo de sinal em alto-mar deixará de ser usado, sendo substituído pelo veículo submersível, equipado com sonar e câmeras. No ano passado, o Bluefin-21 foi determinante para a localização de um caça F-15 dos EUA que caiu na costa do Japão.

A sua primeira tarefa no Índico será montar um mapa do relevo oceânico, com base em instrumentos acústicos. Caso algum possível destroço seja localizado, o submarino será envido de volta para tirar fotos, sob condições extremamente desfavoráveis de luz.

Houston reiterou na segunda-feira que a área das buscas é muito grande, remota e profunda, e que por isso o processo pode levar meses. “Eu diria a todos para não sermos excessivamente optimistas, sermos realistas e torcermos, torcermos para que aquele fortíssimo sinal que estávamos a receber realmente venha da caixa-preta.”

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