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Búfalos de Marromeu serão realocados para o P.N.Gorongosa

Búfalos da Reserva de Marromeu serão realocados para o Parque Nacional da Gorongosa (PNG), na mesma Província de Sofala, Centro do País, segundo garantiu recentemente o Director de Conservação do PNG, Carlos Pereira.

Informações disponíveis indicam que a Reserva de Búfalos de Marromeu, outrora uma das mais importantes em todo o mundo, tem cerca de dez mil animais neste momento, estando portanto em condições de ajudar os outros parques a recuperar os efectivos existentes. Entretanto, no início havia certo receio em realocar os búfalos da Reserva de Marromeu para o Parque Nacional da Gorongosa, na sequência de suspeitas que davam conta de que grande parte da manada estaria infectada por doenças como a tuberculose.

Carlos Pereira explicou que essa suspeita terá sido ultrapassada depois de várias análises que acabaram dando garantias para a realocação daquelas manadas para Gorongosa. Refira-se que o Parque Nacional da Gorongosa foi obrigado a importar animais dessas espécies de parques dos países vizinhos, nomeadamente da África do Sul e do Zimbabué. Os búfalos trazidos desses países foram colocados num santuário construído a propósito, onde, segundo os gestores do parque, estão a ambientar-se muito bem.

Caça furtiva continua preocupante

Por outro lado, o Director de Conservação do Parque Nacional da Gorongosa reiterou que a caça furtiva continua algo muito preocupante para o parque. Carlos Pereira afirmou que embora se trate de uma actividade que vai lenta, mas decididamente esta a reduzir os efectivos, criando pânicos nas populações animais e, portanto, diminuindo o potencial de recuperação do parque. “É uma actividade felizmente maioritariamente de subsistência mas também existe o potencial de se tornar uma actividade comercial” – referiu, indicando que estimativas apontam que cerca de três mil animais são ilegalmente abatidos por ano no Parque Nacional da Gorongosa, e muitos outros tem contraído mutilações.

“Portanto, e algo que nos preocupa” – enfatizou. Questionado se um programa de reassentamento das famílias que vivem no interior do parque não ajudaria a minimizar o problema, a fonte afirmou positivamente, dando a conhecer que essa é uma das prioridades da administração do parque, considerada fundamental para a continuidade e sobrevivência do Parque Nacional da Gorongosa.

“É uma acção que temos de ter coragem para levar a cabo, com todo o respeito pelos nossos concidadãos que históricamente vieram para essas áreas e vivem nelas. Mas temos que realizar, se quisermos preservar este ecossistema e se quisermos tornar esse parque para o próprio beneficio dessas populações e doutras que vivem nesta província, no País e até internacio- nalmente” – observou.

Referiu que só este ano foram apreendidos no interior do Parque Nacional da Gorongosa 2.194 laços. Laços são cabos de aço utilizados na caça furtiva. Foram igualmente neutralizadas 84 pessoas, as quais foram levadas ao tribunal e sofreram as penas previstas na lei. Comparando com os anos nateriores, disse que a tendência tem sido de manutenção do número de casos.

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