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Brasil coloca África como prioridade da sua política externa

O Brasil tem reforçado a sua presença no continente africano, considerado uma prioridade da sua política externa e destino de investimentos de grandes empresas brasileiras.

 

 

Nos últimos anos, o Brasil ampliou a sua rede consular para 34 embaixadas no continente africano, que foi visitado dez vezes pelo presidentecessante, Luís Inácio Lula da Silva.

Ao longo do seu Governo, Lula da Silva elegeu a África como uma das prioridades da sua política externa, ressaltando sempre a “dívida histórica” para com os africanos, levados como escravos para o Brasil.

Desde o início do Governo de Lula da Silva, em 2003, o fluxo de comércio entre o Brasil e África quase triplicou, ascendendo a 17,2 mil milhões de dólares (cerca de 12,8 mil milhões de euros), em 2009.

No ano passado, o Brasil exportou 8,7 mil milhões e importou 8,5 mil milhões de produtos africanos, segundo dados oficiais. Angola é o maior parceiro comercial do Brasil em África, com uma corrente de comércio de 1,5 mil milhões de dólares (1,1 mil milhões de euros), em 2009, um aumento de 182% em relação a 2005.

O “expressivo aumento” do intercâmbio comercial com África levou a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex- Brasil) a abrir um centro de negócios em Luanda. A data de abertura do novo centro, que terá como objectivo apoiar o processo de internacionalização de empresas brasileiras, coincide com a realização da Cimeira UEÁfrica, na Líbia, hoje e terçafeira.

“O potencial de mercado para produtos e serviços brasileiros é grande e tem influenciado empresas nacionais a investir em Áfri ca”, salientou a Apex-Brasil num comunicado.

Os investimentos brasileiros em África estão a ser liderados pelas grandes empresas, como a estatal Petrobras, a mineira Vale e a cimenteira Camargo Corrêa. Um dos maiores investimentos é a exploração de carvão, em Moçambique, num montante estimado de 1,3 mil milhões de dólares (cerca de mil milhões de euros) pela Vale, a maior produtora e exportadora mundial de minério de ferro.

A mina de carvão em Moatize, na província de Tete, terá capacidade de produção de 11 milhões de toneladas por ano de produtos de carvão (metalúrgico e térmico).

Em Julho, a Camargo Corrêa anunciou a construção de uma fábrica de cimento em Angola, em parceria com a angolana Gema e a Escom, do grupo Espírito Santo, num investimento de 400 milhões de dólares (301 milhões de euros).

O grupo brasileiro anunciou recentemente a aquisição do controlo de uma cimenteira em Moçambique, com capacidade de produção de 350 000 toneladas por ano.

No início deste ano, a Petrobras anunciou duas descobertas de petróleo em águas profundas angolanas, a cerca de 350 quilómetros a Noroeste de Luanda, a 1400 metros de profundidade.

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