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Brasil atropela Espanha na final da Taça das Confederações

A claque que lotou o estádio do Maracaná definiu em coro o significado da vitória brasileira por 3 x 0 sobre a Espanha na final da Taça das Confederações em futebol, neste domingo, que garantiu ao Brasil a conquista do título da competição: “O gigante voltou”.

Antes da competição visto com desconfiança e considerado longe de estar à altura dos espanhóis atuais campeões do mundo e da Europa, a equipa brasileira venceu de forma arrasadora, completando uma campanha com 100 por cento de aproveitamento e apresentando as suas credenciais para o Campeonato do Mundo de 2014.

“Quer jogar, quer jogar, o Brasil vai te ensinar”, também gritaram os adeptos no estádio, refletindo na arquibancada a aula de futebol objetivo que os brasileiros deram em campo contra o tão badalado “tik taka” da Espanha, que estava sem perder há 29 jogos em competições oficias.

“Cria-se uma situação favorável, de um ambiente melhor. O que o povo tem feito por nós é algo fantástico, maravilhoso. Temos que ter isso como princípio em nosso país, a amizade, a união, fazer com que as coisas possam evoluir, através de um bom trabalho”, disse o técnico Luiz Felipe Scolari após a partida.

Fred marcou dois golos, completando cinco em cinco jogos, e Neymar fez o outro, o seu quarto no torneio. A Espanha ainda perdeu um penalti, com Sergio Ramos, quando o jogo já estava 3 x 0, e teve o defesa Piqué expulso por falta violenta em Neymar, aos 23 minutos da etapa final.

A exemplo do que aconteceu nas outras partidas da equipe na competição, a seleção brasileira começou o jogo levando para dentro de campo a empolgação da claque com a execução do hino nacional. E o incentivo dos 73 mil torcedores no Maracaná completamente lotado rapidamente transformou-se em golo.

Logo aos dois minutos de jogo, Hulk fez cruzamento da direita para dentro da área. A bola bateu em Neymar e sobrou para Fred que, mesmo deitado, empurrou para o fundo das redes. O atacante correu em direção à claque na comemoração, sendo seguido pelos companheiros num momento de êxtase entre os adeptos e a equipa.

A Espanha, que normalmente domina os jogos com muitos passes trocados no meio-campo, viu-se numa situação com a qual não está acostumada, sendo pressionada pelo Brasil e sem conseguir ameaçar a baliza brasileira.

Passado o abafa inicial, os espanhóis até conseguiram repetir o “tik taka” com a bola de pé em pé, mas sem efetividade. O Brasil, por outro lado, continuava criando as melhores chances da partida, principalmente nas jogadas de contra-ataque.

Fred desperdiçou oportunidade incrível de marcar o segundo, aos 33 minutos. Neymar conduziu a bola pela esquerda e fez passe perfeito para o atacante, que ficou frente a frente com o guarda-redes dentro da área. O chute, no entanto, foi em cima de Casillas, que mandou para canto. Se o camisa 9 desperdiçou uma chance clara, o Brasil foi recompensado com o esforço do defesa David Luiz, que impediu o que seria o golo do empate da Espanha, aos 41 minutos.

Dessa vez num contra-ataque da Espanha, Pedro recebeu a bola livre pela direita, invadiu a área e bateu colocado, tirando o guarda-redes Julio Cesar da jogada. David Luiz arrancou em direção a baliza brasileira e conseguiu tirar a bola quase na linha do golo com um carrinho. A claque entoou o nome do defesa como se tivesse marcado um golo.

Logo depois, foi a vez de Neymar ser homenageado pelos adeptos, mas desta vez por ter balanço as redes de fato. O atacante trocou passes com Oscar na entrada da área e acertou um chute forte de perna esquerda, no alto da baliza, sem chances de defesa, aos 44 minutos. Foi o quarto golo no torneio do atacante, eleito mais uma vez o melhor da partida.

O golo relâmpago do primeiro tempo se repetiu no segundo, e novamente com Fred. O atacante recebeu na entrada da área após jogada de Oscar e Neymar e tocou de primeira, na saída do guarda-redes.

A Espanha teve sua melhor chance de descontar numa cobrança de penalti, cometido por Marcelo em Jesus Navas. No entanto, Sergio Ramos cobrou para fora, aos 10 minutos da segunda etapa. Mesmo com 10 jogadores em campo após o cartão vermelho para Piqué, a Espanha seguiu em busca do golo de honra, o que deixou muito espaço para o Brasil contra-atacar.

Ainda que o quarto golo não tenha acontecido, os adeptos tiveram bastante o que comemorar nos minutos finais — em especial duas ótimas defesas de Julio Cesar. Após o apito final, jogadores comemoram a conquista do título com a claque em todos os setores do estádio. Alguns saltaram até a arquibancada para saudar familiares.

A vitória garantiu ao Brasil o tetracampeonato da Copa das Confederações, após as conquistas em 1997, 2005 e 2009. O jogo foi o último da seleção brasileira por uma competição oficial antes da Copa do Mundo do ano que vem em casa.

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