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Brasil a um passo da vacina contra a sida

Pesquisadores das Universidades Federais de Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo anunciam a criação de um vírus HIV sintético. Vacina terapêutica contra a sida pode chegar dentro de cinco anos.O Brasil está a desenvolver uma vacina terapêutica contra a sida. O passo mais importante acaba de ser dado com a criação, em laboratório, de uma versão artificial do vírus HIV .

A produção do vírus sintético é considerada uma ferramenta muito importante para acelerar e baixar o preço de produção de uma vacina  terapêutica – já em fase experimental – que ensine o nosso sistema imunitário a identificar e combater o HIV.

Com o desenvolvimento do vírus artificial, os cientistas dizem que estão criadas as  condições para que a vacina fique disponível à população dentro de cinco anos.

O vírus sintético da sida foi criado por uma equipa de cientistas da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), em parceria com as Universidades Federais do Rio de Janeiro e de São Paulo.
Técnica similar à da clonagem

O protótipo do HIV foi desenvolvido há duas semanas, com o apoio financeiro de uma empresa norte-americana de controlo de doenças infecto-contagiosas.

Segundo os cientistas, o vírus foi elaborado a partir de uma técnica semelhante à da clonagem, que permite cortar e colar pedaços de código genético até se construir um genoma completo do HIV inactivado.

“Fizemos uma obra de engenharia genética e colocamos o vírus sintético dentro de um DNA vector que permite a multiplicação até ao infinito do vírus”, disse o geneticista Sérgio Corvella, da UFPE.
Vacina terapêutica em fase experimental

Os investigadores que conseguiram criar o vírus artificial são os mesmos que estão a trabalhar para o desenvolvimento da vacina contra a sida.

Até aqui, os investigadores brasileiros estavam a utilizar o vírus extraído de pacientes seropositivos. Dessa maneira, o cultivo do vírus leva dois meses. “Com o vírus sintético, em dois dias temos uma quantidade enorme pronta para ser utilizada”, disse a pesquisadora da Universidade de São Paulo, Alessandra Pontillo.

A vacina terapêutica foi já testada em 18 pacientes, metade dos quais tiveram a carga viral reduzida quase a zero.

A próxima fase da pesquisa será testar a vacina num grupo de 1000 pessoas.

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