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Branca de Neve

Branca de Neve

Mercedes C63 AMG Station

Com onze letras e dois algarismos se escreve o nome da carrinha mais estrondosa e respeitável do segmento: C63 AMG Station. Equipada com motor V8 de 457 cv, visual exuberante e dinâmica apurada, trata-se de uma agressiva Branca de Neve. Até porque nesta história não existem anões…

É a mais performante e temível carrinha do segmento. Mas não só. É dos produtos mais apelativos e envolventes saídos da divisão AMG. Chama-se, naturalmente, C63 AMG Station. Concorrentes? Não tem. Pelo menos, por enquanto. Por agora, a C63 AMG Station é dona e senhora da sua classe. Em termos de imagem, exclusividade, exuberância, performances e eficácia. Senhoras e senhores, apertem os cintos de segurança… Existem poucos automóveis que despertem tanta cobiça e tanta veneração como a C63 AMG Station. A cor branca assenta-lhe divinalmente. Não conhecemos as restantes. Nem precisamos. Para nós, esta super-carrinha deveria ser sempre branca. São tantos os detalhes bem elaborados que demorar horas a contemplar o seu design faz-se com o maior prazer.

 

Face a uma C Station “convencional”, a AMG distinguese pelos pára-choques proeminentes; pelas duas “bossas” existentes no capot; pelas minisaias laterais; pelas jantes de 18” com cinco raios; pelas pinças de travagem com a inscrição AMG; pelos enormes travões de discos ventilados e perfurados; pelas guelras laterais junto às cavas das rodas dianteiras; pelo difusor de ar traseiro, e pelas quatro saídas de escape. Os letterings C63 AMG (na traseira) e 6.3 AMG (perto das rodas da frente), as barras cromadas no tejadilho e as molduras dos vidros cromadas completam a embalagem vistosa. Não há ninguém que consiga ficar-lhe indiferente. Sem ser exuberante, o interior convence em todos os domínios. O ambiente é, claro está, desportivo: volante, revestido a pele perfurada com base plana; pedais em alumínio; bancos desportivos em pele; tejadilho e pilares em preto; pequenas aplicações cromadas; mostradores, envolvidos por painel prateado, com fundo escuro e grafismo branco (no interior do velocímetro é visível a sigla AMG; no conta-rotações pode ler-se 6.3 V8). A qualidade de construção é muito boa. O espaço interior também. Arrumação não falta. A mala cumpre perfeitamente os requisitos de uma utilização familiar, dispondo de um mecanismo eléctrico de abertura e fecho. Mas melhor, mesmo, é o posto de condução. O volante tem uma pega perfeita, o banco oferece um encaixe lateral excelente e todos os comandos estão ergonomicamente distribuídos. Passada a fase da contemplação estética e de análise do habitáculo, partimos, sem demoras, para a avaliação dinâmica desta super-carrinha. A ansiedade aumenta e o nervoso miudinho instala-se.

Sob o capot está instalado o 6.3-V8 de 457 cv e 600 Nm, que tem acoplada a caixa automática de sete velocidades AMG Speedshift Plus 7GTronic. Dotada de patilhas cinzentas situadas atrás do volante (sendo a da esquerda “Down” e a da direita “Up”), esta caixa dispõe de três programas de gestão seleccionáveis pelo condutor, sendo o mais rápido o manual sequencial.

 

 

Equipada com suspensão firme, direcção precisa, tracção traseira, ESP (dispõe de um mais permissivo modo “Sport”) e pneus larguíssimos (Pirelli PZero, de medida 235/40ZR18 no eixo dianteiro e 255/35ZR18 no eixo traseiro), a C63 AMG Station conjuga eficácia dinâmica com um prazer de condução enorme. Tudo embalado pelo roncar estrondoso do possante motor V8. Claro que conduzir com o ESP desligado exige atenção redobrada e, sobretudo, bom senso. Muito bom senso. Ainda assim, esta carrinha não é nada difícil de domesticar. A aderência e a estabilidade são enormes. A potência, essa, também é muita. Nos arranques, é fácil deixar metade do pneu colado ao asfalto se se exagerar na dose de acelerador. A facilidade com que se atingem velocidades proibitivas é semelhante àquela com que o indicador de combustível desce. Para mais, porque a C63 AMG Station é muito selecta: só consome gasolina sem chumbo 98…

Mas a vontade de a conduzir sobrepõe-se a tudo. As medições por nós efectuadas não deixam dúvidas. A eficácia dinâmica também não. Em momento algum sentimos que a traseira iria rodar sobre si e que ficariamos a ver de lado o mundo a girar.

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