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Boko Haram impõe lei islâmica e amputa 10 pessoas no nordeste da Nigéria

O grupo islamita Boko Haram impôs a lei islâmica (Sharia) em Mubi, no Estado de Adamawa (nordeste), que ela ocupou na semana passada, noticiou a imprensa local, citando terça-feira habitantes desta cidade. Segundo as informações publicadas pela imprensa, 10 habitantes destas cidades declarados culpados de diversos delitos, dos quais o saque dos bens de residentes em fuga, foram amputados publicamente a mão depois de serem exibidos em toda a cidade.

Uma outra testemunha ocular, citado pela imprensa, disse que dois imames foram arrastados das mesquitas e decapitados porque eles predicavam contra a seita. Os insurretos advertiram todos os cristãos da localidade de Mubi a mudar de casa para outras zonas, se convertir ano Islão ou ser mortos.

Os rebeldes já ergueram a sua bandeira no palácio do Emir de Mubi. O governador adjunto do Estado de Borno, Alhaji Zanna Mustapha, anunciou que três Estados do nordeste – Adamawa, Borno e Yobe – mais afetados pela insurreição poderão cair totalmente sob o domínio da Boko Haram se o Governo Federal não intensificar os seus esforços para conter a progressão dos terroristas.

Mustapha declarou à imprensa em Yola, a capital do Estado de Adamawa, que a seita Boko Haram controla doravante 13 localidades em Borno, três em Adamawa e outras em Yobe. “Se o Governo Federal não envidar esforços suplementares dentro de dois ou três próximos meses estes três Estados do nordeste já não existirão”, disse.

“O Governo Federal está a fazer o possível, mas é insuficiente pois em vez de estarmos atrás dos rebeldes são eles que estão a perseguir-nos”, acrescentou o governador adjunto.

Durante o fim de semana passado, a Boko Haram desmentiu as informações segundo as quais um acordo de cessar-fogo teria sido assinado entre as duas partes, jurando continuar os seus esforços para instaurar uma República Islâmica na Nigéria. Desde a pretensa assinatura deste acordo, o grupo rebelde continuou a perpetrar ataques mortais, anexando localidades, fazendo recear que este acordo seja uma irrealidade.

A Boko Haram, que lançou a sua violenta campanha em 2009, matou mais de 12 mil pessoas em ataques mortais, principalmente no nordeste da Nigéria.

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