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Bio-segurnca desafio a vencer nos hospitais

O Ministro da Saúde, Ivo Garrido, considera a falta de material de protecção individual e equipamentos como um dos desafios a vencer na maioria dos hospitais moçambicano nos próximos tempos, para uma melhor garantia da bio-segurança.

Segundo Garrido, os profissionais da Saúde como os utentes dos serviços estão expostos a situações de risco, sobretudo de contrair infecções de toda a espécie. Estas contaminações podem, na maioria das vezes, resultar em complicações muito sérias. Neste contexto, a bio-segurança é um elemento fundamental para a protecção quer dos trabalhadores quer dos doentes, daí a necessidade de se encontrar uma solução definitiva para a falta de material de protecção.

Apesar dos avanços dos últimos quatro anos, a falta de água canalizada durante 24 horas, assim como as deficientes condições de desinfecção e de esterilização do material e equipamento, aliadas à falta de material de protecção individual, continuam a ser desafios a vencer na maioria dos hospitais do país. “É imperioso e urgente empenharmo-nos com mais afinco na melhoria das condições da bio-segurança nos nossos hospitais. Neste quadro, e a par da melhoria das condições de limpeza, temos de priorizar a construção e equipamento das centrais de esterilização nos nossos hospitais, com prioridade para os hospitais centrais e provinciais”, disse Garrido.

A questão do lixo hospitalar, segundo o titular da pasta da Saúde, é outro aspecto de relevo quando se trata de matérias relacionadas com a biosegurança. Não obstante as recomendações do IV e V Conselhos Hospitalares, o processo de instalação de incineradoras nos hospitais, bem como a criação de aterros sanitários nas unidades sanitárias mais pequenas, continua lento.

Garrido, que falava hoje, em Maputo, na sessão de abertura da VI Reunião Nacional do Conselho Hospitalar, disse que no encontro será igualmente analisado o ambiente que reina nos hospitais do país, em particular centrais e provínciais. Nos últimos três anos, segundo o Ministro, ficou claramente evidente que nem todos os trabalhadores estão de acordo com as mudanças em curso nos hospitais, apontando o dedo acusador aos trabalhadores que se opõem as mudanças mediante palavras e acções.

“Esses elementos – felizmente uma ínfima minoria – encontram-se em todas as categorias profissionais, desde médicos até aos serventes, passando por enfermeiros e técnicos médios e básicos das diversas especialidades”, referiu o Ministro. Estes funcionários, que pautam pela conduta negativa, constituem, segundo Garrido, um mau exemplo não apenas para os restantes trabalhadores, como também para os estudantes de ciências de saúde que estagiam nos hospitais.

Contudo, Garrido reconhece que a actuação negativa desta minoria é facilitada pela fraqueza e passividade das direcções de muitos hospitais, que toleram a indisciplina e não exigem o cumprimento da legislação e das normas em vigor no pais. Assim, segundo ele, estas formas de actuação devem ser combatidas sem trégua, com vigor e determinação.

O encontro de três dias vai radiografar o grau de cumprimento das decisões emanadas do V Conselho Hospitalar, realizado em Junho de 2008, analisar o desempenho de todos os hospitais centrais e provinciais, assim como dos hospitais do Grande Maputo e outras assuntos agendados para esta reunião.

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