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Benedito Guimino, da Frelimo, é vencedor da eleição intercalar em Inhambane com 78,49 por cento

Benedito Guimino

O candidato da Frelimo, Benedito Guimino foi declarado, esta quinta-feira, pela Comissão de Eleições da Cidade de Inhambane vencedor da eleição intercalar do passado 18 de Abril com 78,49 por cento de votos contra 21,51 por cento de Fernando Nhaca, do Movimento Democrático de Moçambique.

O presidente da Comissão de Eleições da Cidade de Inhambane, José Pedro Tinga, disse durante a cerimónia que teve lugar no salão nobre do Conselho Municipal que, Benedito Guimino foi eleito com 12.682 votos, ao passo que Fernando Nhaca arrecadou 3.476 votos, de um total de 16.158 votos válidos.

De acordo com os dados tornados públicos pelas autoridades eleitorais por volta das 15 horas desta quinta-feira, 16.762 munícipes votaram, no entanto, 251 votos foram classificados como em brancos, 353 nulos e os restantes válidos. “22 Votos foram reclamados por delegados dos partidos políticos e acabe a Comissão Nacional de Eleições tomar a decisão final” – explicou José Pedro Pires.

Dos 43.206 eleitores inscritos em todo o município, 26.444 não votaram o que corresponde a um índice de abstenções de 62.2 por cento. José Pedro Pires disse na ocasião que, o processo de votação decorreu num ambiente ordeiro, pacifico, livre e justo, factores fundamentais para legitimar o escrutínio.

MDM gazeta cerimónia e não reconhece os resultados

O Movimento Democrático de Moçambique (MDM), não se fez presente à cerimónia de divulgação de resultados intercalares. A ausência veio a confirmar as declarações proferidas por Secretário-geral daquela formação politica, Luís Boavida, momentos depois da fixação das actas nas mesas de voto, segundo as quais, o MDM não reconhece os resultados do escrutínio, alegadamente porque a polícia e as autoridades eleitorais interferiam no processo de votação.

Luís Boavida disse a jornalistas que as eleições não foram justas porque muitos membros do seu partido foram detidos ilegalmente pela polícia e atribuiu a vitória a estes e as autoridades eleitorais.

“O MDM não reconhece as eleições porque o Secretariado Técnico de Administração Eleitoral e a policia, a mando da Frelimo, intimidaram os leitores nas assembleias de voto para votarem a favor do candidato deles. 53 membros do nosso partido foram detidos injustamente. A vitória não é da Frelimo, mas sim, da polícia e das autoridades eleitorais. O MDM não reconhece estes resultados”- repetiu Luís Boavida.

Polícia deteve 37 pessoas

A Polícia da República de Moçambique confirmou a detenção de 37 pessoas, 35 das quais, membros do MDM e 2 da Frelimo, alegadamente encontradas a fazer campanha eleitoral durante a votação dentro de raio de 300 metros da assembleia de voto.

De entre os detidos consta o advogado Custódio Duma. Momentos depois foi solto, mesmo assim, a polícia diz que a sua liberdade não implica isenção das infracções que cometeu. Ele será chamado para depor perante o tribunal.

O Porta-voz da polícia da República de Moçambique em Inhambane, Vagumar Armindo disse que todos suspeitos foram recolhidos aos calabouços e os seus processos foram encaminhados ás autoridades de justiça para responderem por litígios eleitorais que cometeram. “ As pessoas detidas foram encontradas atentar aliciar aos eleitores a votar em seus candidatos num espaço proibido pela lei. Eles estavam dentro do raio de 300 metros e não estavam credenciadas”- justificou Vagumar Armindo.

De acordo com a polícia, os detidos dizem ser residentes da cidade de Inhambane, porém, a investigação feita pela corporação, mostra que maior parte deles são oriundos das províncias de Maputo, Gaza, Sofala e Zambézia.

Questionado sobre as razoes que ditaram a mobilização de um forte aparato policial que se fez presente nas assembleias de voto, Vagumar Armindo, disse que a medida visava controlar a ocorrência de actos que pudessem manchar o processo.

“A medida surgiu depois das escaramuças entre os dois partidos registados no fim da campanha eleitoral e não queria que desordem se repetisse ” sentenciou.

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