O Ministro moçambicano da Planificação e Desenvolvimento, Aiuba Cuereneia, assinou, recentemente, com o Banco Mundial, um acordo de financiamento para o Projecto de Irrigação (PROIRRI), no valor de 92.15 milhões de dólares norte-americanos.
O acordo, segundo um comunicado de imprensa do Ministério da Planificação e Desenvolvimento (MDP) recebido pela AIM, foi rubricado em Washington, Estados Unidos da América (EUA), a margem das reuniões anuais do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional havidas naquele país.
O PROIRRI é um projecto ancorado à Estratégia do Banco Mundial para Assistência ao país (CAS), concebido para apoiar Moçambique a atingir os seus objectivos na execução da Estratégia de Redução da Pobreza, através do Plano de Acção para a Redução da Pobreza (PARP).
Os custos totais do projecto estão estimados em 92.15 milhões de dólares, dos quais cerca de 70 milhões são fornecidos pela Agência de Desenvolvimento Internacional (IDA) e 14.25 milhões através da concessão do fundo do governo do Japão, para o desenvolvimento do arroz em África, enquanto o remanescente provém da contribuição dos beneficiários, num valor de 7.9 milhões de dólares.
Com o projecto pretende-se aumentar a produção agrícola, a comercialização e a produtividade dos pequenos agricultores através de novos e melhorados sistemas de irrigação no Centro do país.
Neste contexto, o grupo alvo são os pequenos agricultores (grupos e associações) e agricultores individuais emergentes que beneficiarão da adopção de melhores tecnologias de produção e capacitação em relação à irrigação, competências complementares requeridas para aproveitar todo o potencial de água para agricultura.
Ao abrigo do mesmo está igualmente previsto o aperfeiçoamento das técnicas pós-colheita, acesso ao melhor desempenho da extensão e serviços financeiros e vínculos mais estreitos com as potenciais oportunidades do mercado.
Ao longo dos seis anos que são o período de execução, o projecto deverá beneficiar directamente cerca de 16 mil agricultores nas províncias de Manica, Sofala e Zambézia (centro do país). O número de beneficiários indirectos é estimado em 80 mil até ao final do projecto.
A cerimónia de assinatura do acordo foi testemunhada por quadros dos MPD, das Finanças, e do Banco de Moçambique que participaram nas Reuniões Anuais, bem como quadros do Banco Mundial.