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Banco Mundial financia 87 milhões de dólares para mudanças climáticas, saúde e nutrição

O governo moçambicano e o Banco Mundial (BM) rubricaram, Segunda-feira (25), em Maputo, um acordo ao abrigo do qual aquela instituição multilateral de crédito vai desembolsar 87 milhões de dólares para financiar actividades ligadas a estratégia nacional para as mudanças climáticas, saúde e nutrição.

O acordo foi assinado pelo Ministro da Planificação e Desenvolvimento, Aiuba Cuereneia e o director do BM em Moçambique, Laurence Clarke. Deste montante, 50 milhões de dólares são destinados para as mudanças climáticas e o remanescente para o sector da saúde e nutrição.

Com este montante o Governo estará dotado de condições para financiar a política nacional e institucional para acções de mudanças climáticas, combate às alterações do clima, expansão de agricultura de conservação e utilização de culturas resistentes à seca, e desenvolvimento de um parque de energia eólica.

No caso do sector da saúde e nutrição serão criadas condições para o aumento da capacidade nos centros de saúde provinciais e distritais, prevenção e intervenções básicas para mulheres em idade fértil, raparigas adolescentes e crianças menores de cinco anos, planificação, gestão e monitoria do Plano Nacional do Desenvolvimento dos Recursos Humanos na Área de Saúde.

Falando minutos após a cerimónia, Cuereneia disse que a época chuvosa 2012-2013 demonstrou uma vez mais, que o nível de vulnerabilidade do país às mudanças climáticas é grande e coloca em risco, pessoas, infra-estruturas e bens, razão pela qual o governo congratula o financiamento.

“As recentes calamidades afectaram mais de 400 mil pessoas, das quais mais de 176 mil ficaram desalojadas, mais de 100 óbitos. Os danos nas infraestruturas, habitação, educação, saúde, agricultura, energia ultrapassam os 400 milhões de dólares, afectando assim, cerca de 10 por cento do nosso Orçamento de Estado”, disse.

Para Cuereneia este volume de danos coloca sérios desafios para a mobilização de recursos para a reconstrução célere das infra-estruturas destruídas, a reposição dos serviços públicos básicos, a normalização da vida da população afectada e de toda a economia. Ele disse que constitui uma das prioridades do Governo assegurar a segurança alimentar e nutricional da população moçambicana.

“A desnutrição crónica manifesta-se pela falha no crescimento com prejuízos graves e permanentes no desenvolvimento físico e intelectual da criança, no aumento do risco de doenças infecciosas, com prejuízos no desempenho escolar e maior susceptibilidade às doenças crónicas não Esta criança torna-se, consequentemente, num adulto pouco produtivo para si, sua família e para o país,” explicou.

Por seu turno, Clarke disse que com este apoio Moçambique devera reforçar as suas políticas e capacidade para enfrentar os desafios dos dois sectores nos quais o BM financiou.

“Moçambique possui uma das mais extensas faixas costeiras de África, e as suas maiores cidades localizam-se principalmente ao longo da costa. Os choques climáticos, tais como secas, inundações e erosão costeira são comuns, e ao longo dos últimos 30 anos, quase 14 por cento da população de Moçambique tem sido afectada por eventos extremos,” referiu.

O dirigente do BM disse que este financiamento vai apoiar as acções do governo na criação de uma base sólida para o crescimento de longo prazo e resistente as mudanças climáticas e a melhorar a qualidade de vida para a população mais pobre em Moçambique.

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