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Banco Mundial acusa Governo de subestimar taxas de pobreza

O Banco Mundial (BIRD) acusa o Governo de Moçambique de estar a subestimar as taxas de pobreza nas províncias do Centro e Norte e em áreas rurais e a superestimar as taxas da pobreza no Sul do país.

Tais situações derivam dos erros substanciais de medição nos dados de consumo e falhas na metodologia utilizada para calcular as linhas de pobreza, provocando “distorção severa” das estatísticas oficiais da pobreza, segundo conclui um estudo desta instituição financeira internacional sobre a pobreza em Moçambique.

Para o BIRD, a pobreza no país “está altamente concentrada ” no Centro e Norte do país onde há taxas significativamente mais elevadas e em áreas rurais, em geral, em comparação com taxas relativamente baixas no Sul de Moçambique e nos centros urbanos.

Também o Fundo Monetário Internacional (FMI) chegou à mesma conclusão, apontando a cidade de Maputo como a região do país com mais ricos que outras zonas.

No estudo, o BIRD diz ter pesquisado a dinâmica da pobreza e avaliado a robustez e a fiabilidade das estatísticas oficiais de pobreza para fornecer estimativas alternativas de pobreza e os indicadores de bem-estar, à luz das questões metodológicas e analíticas levantadas em determinadas áreas do país.

O documento ora publicado fornece métodos para corrigir a distribuição do consumo por recalcular as linhas de pobreza baseadas numa única cesta básica nacional, ao contrário das estimativas actuais que são baseadas em cestas específicas de província.

Sublinha que as estatísticas de pobreza revistas diferem consideravelmente das estimativas oficiais de pobreza entre as províncias e são muito mais consistentes com outros indicadores de pobreza.

Refira-se, entretanto, que o Banco Mundial está a injectar em África cerca de 1200 milhões de dólares por ano para expansão do programa de empréstimo e financiamento para o fortalecimento das parcerias público-privadas e grandes operações, sub-regionais que geram economias de escala e impacto transformacional.

O propósito deste apoio é aumentar a área irrigada em 40% até 2030, num orçamento estimado em mais 40 biliões de dólares do Banco Mundial.

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