O Hospital Central de Maputo (HCM) parou de efectuar exames de Ressonância Magnética e de Tomografia Axial Computarizada (TAC) devido a uma avaria registada nas respectivas máquinas. Trata-se de equipamentos recentemente adquiridos e colocados naquela unidade sanitária com o objectivo de capacitar o país a realizar o diagnóstico internamente, acabando com as deslocações ao estrangeiro para fazer exames de radiologia e imagiologia.
Com a avaria desta máquina, o HCM deixa de ter os serviços de diagnóstico de grande sensibilidade, que permitiam detectar com precisão casos de alterações específicas do corpo, por exemplo, da estrutura das articulações e ossos, informação sobre a morfologia dos órgãos abdominais, aneurismas, tumores cerebrais e medula óssea, acidentes vasculares cerebrais, entre outras patologias.
O Ministro moçambicano da Saúde, Alexandre Manguele, citado pela Rádio Moçambique (RM), disse que o problema deveu-se às oscilações de corrente eléctrica que ocorreram naquela maior unidade hospitalar do país.
Manguele, disse não perceber “como é que máquinas desta natureza e que custaram avultadas somas em dinheiro ao país tinham sido montadas sem um estabilizador para regular a corrente eléctrica” A máquina de ressonância magnética, a última a ser instalada no HCM, foi adquirida em 2009 na Alemanha, a um custo de cerca de 1,4 milhões de dólares e a de TAC, na vizinha África do Sul, por pouco mais de 500 mil dólares, disponibilizados através dos fundos do Orçamento do Estado (OE).
Ddos colhidos na altura indicavam que na África do Sul, o teste mais barato custava cinco mil randes, podendo chegar aos 11 mil randes, em função do tipo de exame. Na maioria dos casos, os custos eram suportados pelos próprios pacientes.