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Aumenta o tráfico de ossos humanos no Niassa

Dois cidadãos de nacionalidade malawiana estão detidos na cidade de Lichinga pela posse de ossos humanos aparentemente de uma pessoa morta há menos de um ano.

Os suspeitos são Kamanga Mainala, de 32 anos de idade e Dogo Hilary. Mainala diz ter encotrado os restos mortais em Naikwanha, distrito de Lichinga quando procurava emprego nas machambas dos familiares. “Quando íamos à machamba, encontramos três rapazes que ao nos verem assustaram-se e fugiram deixando a carga. Verifiquei o saco e descobri que eram ossos. Vi logo uma oportunidade de negócio para acabar com a pobreza. Queria comprar um carro ou outra coisa de valor,” disse.

Na cidade de Lichinga, Mainala foi ao encontro de Dogo Hilary, o qual lhe disse que havia um potencial comprador no bairro de Namacula, mas qual não foi o seu espanto quando no dia da venda, ao contrário de encontrar o cliente deu-se de caras com a polícia. Dogo Hilary, recusa a sua conivência no crime e afirma não saber algo sobre a comprometedora carga. Hilary é um vendedor de peixe. “O meu amigo queria que eu guardasse o os restos mortais em minha casa, mas repudiei logo que me apercebi que eram ossos. Fiquei assustado, nunca fiz este negócio”.

Alfredo Fumo, chefe das relações públicas no comando provincial da polícia do Niassa, afirmou que este caso é o segundo que ocorre no bairro de Namacula em menos de três meses. Para Fumo, tudo indica que a rede de traficantes de restos mortais humanos está espalhada na cidade de Lichinga e pode ser que opera naquele ponto do país. “Prendemos estes senhores com ajuda da população e agradecia que fosse sempre assim”, disse.

Devido a forte resistência dos supostos traficantes no acto da captura, alguns polícias contrariam lesões sobretudo nos membros superiores. Segundo Fumo, o trabalho de investigação vai continuar. Em conexão com casos anteriores, outro cidadão malawiano está detido há alguns meses.

O negócio de ossos humanos na Província do Niassa está ganhar terreno cada vez mais. De uma actividade que era mais comum nos distritos de Cuamba , Mecanhelas, Mandimba na zona Sul, o tráfico está ser mais frequente na zona norte, onde devido a questões culturais, existem vários cemitérios, que servem de matéria prima para alimentar a actividade. Geralmente, os ossos servem para fins supersticiosos e para a medicina tradicional.

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