Vinte e cinco pessoas morreram num ataque a bomba contra edifícios militares em Al-Arish, capital da província do Sinai do Norte, no Egipto, nesta quinta-feira, enquanto um major do Exército foi morto a tiros num posto de controle em Rafah, perto da Faixa de Gaza, informaram fontes médicas e de segurança.
Um terceiro ataque realizado por supostos militantes islâmicos matou um policial na cidade de Suez, elevando o total de mortes no Egito para 27. O braço do Estado Islâmico no Egito assumiu a responsabilidade pelos ataques, segundo uma conta oficial no Twitter.
O jornal estatal al-Ahram disse que sua redação na cidade de Al-Arish foi “completamente destruído”. O escritório fica em frente a um hotel e base militar que, segundo as fontes de segurança, eram os alvos dos bombardeios.
Mais tarde, supostos militantes mataram um major do Exército e feriram outros seis num posto de controle do Exército em Rafah, disseram fontes de segurança.
Uma insurgência islâmica baseada no Sinai já matou centenas de agentes de segurança desde que o ex-presidente egípcio Mohamed Mursi, da Irmandade Muçulmana, foi afastado do poder após protestos coletivos contra seu governo.
As tensões também foram elevadas em todo o Egito nesta semana por protestos, alguns deles violentos, que marcaram o aniversário da revolta de 2011 que depôs o autocrata Hosni Mubarak.
Mais cedo nesta quinta-feira, um grupo de mulheres protestou no Cairo contra a morte da ativista Shaimaa Sabbagh e cerca de 25 outras pessoas que foram mortas supostamente pelas forças de segurança em manifestação de comemoração do levante de 2011.
Sabbagh, de 32 anos, morreu no sábado quando a tropa de choque da polícia dispersou uma manifestação pequena e pacífica. Amigos disseram que ela levou um tiro, e as imagens de seu corpo sangrando foram divulgadas nas mídias sociais, o que provocou indignação e condenação.