Quinze estudantes sírios foram mortos num ataque de rebeldes com morteiros que atingiu a cantina de uma universidade em Damasco, Quinta-feira (28), informou a agência de notícias estatal Sana, à medida que se intensificam os ataques no centro da capital.
O Observatório Sírio para os Direitos Humanos, um grupo de monitoramento de oposição, disse que um morteiro matou 13 pessoas na universidade, sem dizer quem atirou as bombas. Outros activistas confirmaram o ataque, mas nenhum grupo de oposição negou ou assumiu a responsabilidade.
No final de semana passado, os grupos rebeldes enviaram alertas pela Internet que planeavam intensificar ataques contra instalações do governo e militares na cidade e avisaram aos moradores que deveriam sair para evitar o que eles chamavam de “Operação Abalando o Forte”.
Os insurgentes que tentam acabar com quatro décadas de governo da família do presidente Bashar al-Assad formaram um semi-círculo ao redor da capital e intensificaram os ataques a partir de posições da periferia da cidade esta semana.
Uma fortaleza para as forças de Assad, a capital é um prémio crucial na revolta de dois anos que se transformou numa guerra em que mais de 70.000 pessoas foram mortas. Outros 1,2 milhão de sírios fugiram para países vizinhos e do Norte da África, onde se registaram como refugiados ou estão a aguardar o processamento, de acordo com o Alto Comissariado da ONU para Refugiados (ACNUR).
A Sana afirmou que morteiros foram lançados contra uma cantina na Faculdade de Arquitetura em Baramkeh, um bairro central perto de vários edifícios governamentais, incluindo o Ministério da Defesa, a sede da mídia estatal e a residência oficial de Assad.
A Organização das Nações Unidas disse, Segunda-feira, que iria retirar cerca de metade da sua equipe internacional de Damasco, após um morteiro cair perto do seu hotel.
Quinta-feira, os activistas da oposição disseram que os rebeldes haviam tomado a principal estação de autocarro, no nordeste de Damasco.
