
Todavia, há cerca de dois meses Atanásio Dimas viu-se na contingência de ter de abandonar o posto de trabalho por causa da doença que continuava a apoquentá-lo.
Chegou a ser atendido em regime de internamento no Instituto do Coração, tendo, depois, tido alta por apresentar sinais de melhoria. Eis que há cerca de duas semanas, depois da alta, é de novo evacuado de emergência para esta unidade sanitária, onde viria a perder a vida, a meio da tarde de domingo, deixando viúva, a também jornalista, Delfina Mugabe, e dois filhos.
A notícia da morte de Dimas surpreendeu todos os colegas da Redacção e não só, sendo que os companheiros directos têm ainda em memória um dos últimos convívios que com ele tiveram, em Fevereiro de 2007. O finado, foi nessa altura, surpreendido com um brinde por ocasião do seu quinquagésimo aniversário natalício.
Devido à sua dedicação, desempenhou vários cargos de chefia a nível da Sociedade do Notícias. Assim, em 1982 foi nomeado para a chefia da Reportagem do jornal Domingo. Mais tarde, Atanásio Dimas viria a ser chamado para desempenhar o cargo de subchefe de Redacção do jornal Notícias, tendo merecido, em 1985, e devido à sua abnegada entrega ao trabalho, uma menção de louvor e um prémio monetário atribuído pela empresa.
Atanásio Dimas foi depois nomeado para o cargo de chefe de Redacção do Jornal Domingo, em Fevereiro de 1987. Em Setembro de 1988 o malogrado foi designado, por despacho do Presidente da República, funcionário da Presidência da República, onde desempenhou, em comissão de serviço, o cargo de adido de imprensa até 1995.
De regresso ao Notícias, Dimas assumiu o cargo de Chefe da Redacção, responsabilidade que exerceu até à data da sua morte.