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Artista da Bola: Ricardo Jorge Conceição Ferreira

Artista da Bola: Ricardo Jorge Conceição Ferreira

A cara de miúdo, a alegria a jogar e a coragem são os atributos que mais transparecem. Por trás deles, está o enorme talento em que se funda toda a qualidade de um miúdo que quer ser biólogo marinho se o futebol não der certo. Possuidor de um pé esquerdo finíssimo, é um jogador elegante, que trata bem a bola e com muitos recursos técnicos.

Ricardo, de 18 anos de idade, sempre sonhou em ser jogador de futebol de 11, mas foi no futsal onde deslumbrou com a camisola da Escola Portuguesa ao ser o melhor marcador do torneio escolar de Novembro de 2011, com 14 golos.

Foi esse talento que lhe abriu as portas da selecção nacional de futsal. Ainda não é titular, mas tem agora todo um futuro promissor à sua frente.

Distingue-se dos outros jovens da sua idade por parecer mais maduro, por ter chegado ao escalão sénior e se ter imposto sem dificuldades.

A sua margem de progressão, até por estas características, é por isso muito grande. Joga preferencialmente como ala e seria um erro, pelo menos nesta fase da carreira, fazê-lo actuar como pivô.

Trata-se de um jogador mais vertical, excelente no drible e que procura muito o último passe. É principalmente um desequilibrador e é, por isso, em zonas mais adiantadas do terreno que o seu potencial deve ser aproveitado.

Como organizador, falta-lhe alguma lucidez e capacidade para ponderar a melhor solução de passe em zonas mais recuadas. Não raras vezes, mesmo estando ainda consideravelmente longe da área, procura protagonizar o último passe e fazer o movimento de ruptura decisivo.

Actuando na frente, com liberdade para aparecer ora nas linhas, ora no espaço entre linhas, ora a aproveitar as costas de um pivô mais fixo, pode explorar todo o seu talento sem prejudicar a equipa mais atrás.

A sua evolução passa por isso por jogar como ala móvel e, tratando-se de um jogador muito imaginativo, inteligente e com boa capacidade técnica, depressa crescerá o suficiente para perceber como deve actuar em zonas mais recuadas.

Para já, é como ala que Roberval Ramos deverá tentar tirar todo o proveito dele. E talvez daqui a uns anos a selecção moçambicana tenha mais um prodígio na sua principal selecção. Assim evolua Ricardo Jorge Conceição Ferreira…

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