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Arranca campanha de educação cívica para ciclo eleitoral 2018-2019

Decorre, a partir desta quarta-feira (14) até 04 de Maio próximo, a campanha de educação cívica para as quintas eleições autárquicas, sextas eleições gerais e terceiras eleições das assembleias provinciais em Moçambique, processos que têm sido caracterizados por abstenções.

As eleições autárquicas estão agendadas para 10 de Outubro de 2018 e as eleições gerais ainda não têm data marcada.

A campanha de educação cívica, que visa consciencializar e mobilização o eleitorado a afluir em massa e participar nos dois escrutínios de “forma consciente e patriótica”, acontece numa altura em que os moçambicanos se desinteressam cada vez dos processos eleitorais.

Um dos exemplos indiscutíveis de abstenção massiva foi a eleição intercalar realizada a 24 de Janeiro último, na cidade de Nampula. Dos 296.500 eleitores inscritos (100%), apenas 73.852 votaram (24,90%), o que significa que 222.738 (75,10%) não se fizeram às urnas por razões não apuradas.

Na exortação feita nesta terça-feira (13), o presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE), Abdul Carimo, admitiu que, “nos últimos processos eleitorais, o nível de abstenções tem-se revelado cada vez mais elevado”.

No seu entender, o facto que “não deve ser encarado como problema apenas dos órgãos eleitorais, mas sim, de toda a sociedade moçambicana, por ser um dever cívico, necessário para a manutenção da democracia genuína, legitimação dos eleitos pelo povo e uma melhor qualidade de vida”.

Neste contexto, a população deve participar na campanha de educação cívica e torná-la uma oportunidade de ensinamento e de exaltação dos seus direitos e deveres, bem como influenciar aqueles que se abstêm de participar nos processos eleitorais.

De acordo com Abdul Carimo, os partidos políticos, os candidatos e seus membros, as organizações da sociedade civil, as congregações religiosas, os jornalistas, os observadores e os demais devem ser mensageiros da ideia de que a abstenção não é a melhor forma de decidir o futuro do país.

É imperioso que todos recorreram aos recursos ao seu dispor para formar, informar, mobilizar e persuadir o eleitorado a participar de forma activa, não só nas eleições autárquicas, como também nas eleições gerais e das assembleias provinciais.

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