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Arautos do Evangelho: Uma actuação além da música

Na última peregrinação à Paróquia da Namaacha, conhecemos um grupo de artistas que explora as artes – o teatro e a música, por exemplo – para, de forma lúdica, levar a juventude a Deus. Nasceram no Brasil, em 2001, estão espalhados por 78 nações, no nosso país o seu número não ultrapassa os 16 e vivem em comunidade no bairro de Nkobe. São jovens e chamam-se Arautos do Evangelho.

Quando observados por um descrente, amante das artes, a executarem instrumentos musicais como, por exemplo, a lira, o batuque, a flauta e o trompete – com alguma mestria – os Arautos do Evangelho não diferem de uma colectividade artística.

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Vestem túnicas especiais que os distinguem dos demais crentes. Ainda que jovens, têm restrições que os tornam especiais quando comparadas com pessoas da sua idade: “praticam o celibato, e dedicam-se integralmente ao apostolado, vivendo em casas destinadas especificamente a rapazes ou a moças, os quais alternam a vida de recolhimento, estudo e oração com actividades de evangelização nas dioceses e paróquias, dando especial ênfase à formação da juventude”, explica-se na sua página oficial da Internet.

No ano da sua criação pelo brasileiro Monsenhor João Clá Dias, os Arautos do Evangelho foram aprovados pelo Papa João Paulo II e, em 2007, por Bento XVI.

“Temos como carisma evangelizar através do belo, levando as pessoas à adoração da Nossa Senhora de Fátima, à devoção da Eucaristia e ao Papa. Auxiliamos os jovens, sobretudo os que procuram um rumo na vida”, explica o arauto Alexandre Schurg. A par dos 16, em Moçambique existe um grupo de 20 jovens em experiência vocacional. No entanto, o primeiro arauto moçambicano tornou-se diácono no dia 26 de Abril último.

Associando-se todos os critérios da Igreja Católica, os estudos filosóficos e teológicos (parte dos quais é ministrada em São Paulo, na Escola de Formação de Arautos) são indispensáveis para quem quiser tornar-se membro do grupo. “A Nossa Senhora de Fátima, quando apareceu em 1917, trouxe uma mensagem sobre os dias actuais que nós difundimos”.

Sobre a peregrinação à Paróquia da Namaacha, Alexandre Schurg um arauto brasileiro recém-chegado a Moçambique, disse: “Estou maravilhado com o que vi. Todo o trabalho que se refere à devoção da Nossa Senhora de Fátima tem evoluído porque ela é uma mãe que conforta e auxilia quem experimenta dificuldades na vida”.

Era impossível não cantar – ou, no mínimo, murmurar para quem não conhece – aquelas canções, pois elas foram entoadas em línguas locais moçambicanas sob a produção sonora dos anunciadores do Evangelho, os arautos. “As nossas actividades decorrem nas paróquias, em procissões, nas escolas, incluindo outras partes das comunidades onde ministramos cursos de teatro a fim de difundir a mensagem de Deus”.

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Preocupados em introduzir instrumentos locais como, por exemplo, a Timbila, os arautos fazem um treinamento. As suas actuações, verdadeiros concertos, estão além disso. Constituem um momento de devoção a Deus.

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