Somente 5% de serviços e produtos nacionais existentes no mercado moçambicano têm certificação internacional, segundo o Instituto Nacional de Normalização e Qualidade (INNOQ), realçando que o facto está na origem da fraca competitividade da produção nacional a nível da África Austral e do resto do mundo.
No total, Moçambique dispõe de 441 normas técnicas de certificação de produtos e serviços, segundo Alfredo Sitoe, director do INNOQ, salientando que, apesar daquela disponibilidade, a maior parte de empresas públicas e privadas moçambicanas solicita, principalmente, a certificação de sistemas de gestão de empresas e do meio ambiente.
A fraca procura de firmas nacionais pelo sistema de certificação resulta do “desconhecimento e importância daquelas regras mundiais”, admitiu aquele responsável, salientando que o baixo nível de produtos e serviços que ostentam selos de qualidade está na origem da “fraca competitividade do empresariado nacional no estrangeiro”.
Para inverter aquele cenário, o INNOQ, instituição adstrita ao Ministério da Indústria e Comércio, tem vindo a promover campanhas e encontros com agentes económicos nacionais, “mas a adesão do empresariado àquele dispositivo continua muito longe do desejado”, lamentou Sitoe, falando, esta Segunda-feira ao Correio da manhã à margem de um seminário alusivo à comemoração do Dia Mundial da Metrologia, celebrado domingo passado em todo o mundo.
Em Moçambique, o evento foi comemorado sob o lema Nós medimos para a sua segurança e tinha como um dos objectivos a divulgação da Legislação Metrológica moçambicana no seio de agentes económicos nacionais.