Somente 4,1% das mulheres moçambicanas em idade economicamente activa têm acesso a salário formal regular, segundo resultados de um estudo patrocinado pela Internacional Capital Corporation (ICC), uma empresa nacional impulsionadora do acesso aos serviços financeiros pela população.
A pesquisa indica ainda que devido ao agravamento do custo de vida, cerca de 50% das mulheres moçambicanas dependem de terceiras pessoas para a sua subsistência, apontando a fraca presença de instituições bancárias nas zonas rurais e a pouca disponibilidade financeira entre a maioria da população feminina como as causas para a insignificante utilização de serviços financeiros por aquele grupo social.
O ICC refere ainda que a maioria das mulheres já bancarizadas revelou que a opção por aquela medida surgue da necessidade de manter o seu dinheiro em segurança, enquanto outras alegam que a iniciativa deveu-se à “obrigatoriedade de abrir conta bancária para aceder ao salário”.
Quando questionadas sobre as razões de fundo que ditam a escolha de determinados bancos para aceder a créditos e depósito dos seus rendimentos, um outro grupo de mulheres apontou a pouca exigência de requisitos, baixas taxas de juros sobre empréstimos e a não exigência de saldo mínimo para abertura de conta bancária, segundo ainda o ICC.
Um outro grupo indicou ainda a simpatia e respeito no processo de atendimento ao público como factores que influenciaram a sua aposta na bancarização.