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Amnistia Internacional denuncia repressão de liberdade na Etiópia

A Etiópia abafa a liberdade de expressão com uma onda de repressão acompanhada da detenção de militantes críticos da oposição, declarou no fim de semana a Amnistia Internacional (AI). Seis membros dum grupo independente de blogueiros da “Zona 9”, de ativistas e um jornalista freelance foram detidos a 25 de abril corrente, de acordo com a AI.

Trata-se dos blogueiros Befeqadu Hailu, Atnaf Berahane, Mahlet Fantahun, Zelalem Kiberet, Natnael Feleke e do jornalista Abel Wabela, privados de liberdade desde sexta-feira última nos seus gabinetes ou na rua, denunciou.

Os seis foram primeiro levados às suas respetivas casas, que acabaram por ser revistadas, e levados depois ao Escritório de inquéritos da Polícia Criminal Federal em Maikelawi.

Um jornalista freelance, Tesfalem Waldyes, foi igualmente capturado e a sua casa revistada antes que o mesmo fosse levado a Maikelawi.

Uma outra jornalista, Edom Kasaye, teve o mesmo tratamento sábado último tendo a sua casa sido também “visitada” pela Polícia.

Cerca de 31 membros do grupo político Partido Semeyawi (partido azul) estão presos desde quinta-feira última.

“As detenções entram no quadro duma longa tendência e da perseguição contra militantes dos direitos humanos, ativistas, jornalistas e opositores políticos na Etiópia”, revelou a Amnistia Internacional, exigindo a sua libertação imediata e incondicional se não lhes for imputada nenhuma infração penal.

“A visita pelos seus advogados e membros das suas respetivas famílias deve ser autorizada imediatamente”, exigiu a AI, sublinhando que os detidos estão mantidos no segredo.

Os membros das suas famílias ter-se-iam deslocado sábado último a Maikelawi com alimentos mas não puderam vê-los, lamentou.

Os blogueiros da “Zona 9” suspenderam as suas atividades nos últimos seis meses, devido a um “reforço crescido da supervisão”, tendo no entanto anunciado a retomada 23 de abril das suas atividades.

Em março último, sete mulheres, membros do partido Semeyawi, foram detidas em Addis Abeba durante uma corrida organizada para celebrar o Dia Internacional da Mulher depois de terem gritado slogans como “Queremos Liberdade!”.

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