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Ambiente de negócios nos transportes continuou mau em Julho

O ambiente de negócios no sector dos transportes em Moçambique continuou mau no mês passado, segundo indica o relatório sobre indicadores e confiança e de clima económico lançado, Quinta-feira, em Maputo, pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE).

Segundo o INE, esta queda do indicador de confiança neste sector, que acontece pelo segundo mês consecutivo, deveu-se a diminuição do volume de negócios nesta área.

Esta queda do volume de negócios regista-se pelo terceiro mês consecutivo. “Os elevados custos operacionais, a baixa procura e a concorrência, que se presume desleal, foram os principais obstáculos enfrentados pelo sector”, refere o relatório do INE, cuja cópia a AIM teve acesso.

A pesquisa, que apenas se refere a conjuntura do sector dos transportes em Julho último, indica igualmente que o mau ambiente de negócios nesta área se caracterizou pelo aumento do número de empresas que enfrentam “constrangimentos” operacionais.

Com efeito, 67 por cento das empresas inquiridas no âmbito desta pesquisa enfrentam algum tipo de “obstáculo” e esta cifra representa um aumento em nove por cento.

A designação “sector dos transportes”, usada pelo INE, inclui todas as modalidades de transportes, incluindo infra-estruturas portuárias, muito embora se reconheça que os mais afectados pelos custos operacionais são os operadores dos transportes rodoviários de passageiros.

O responsável pela produção destes indicadores, Alberto Cossa, explicou que os indivíduos inquiridos no âmbito desta pesquisa têm várias opiniões desfavoráveis em relação ao volume de negócios, mas todos se referem a uma redução do mesmo nos últimos dois meses.

“Os grandes factores da queda de confiança são os custos operacionais que continuam altos. Apesar de uma pequena redução nos últimos meses. Os elevados custos operacionais continuam a não permitir grande margem de lucros”, disse Cossa.

Esta pesquisa do INE não apresenta os dados numéricos sobre os prejuízos registados pelos operadores de transporte em resultado do grande peso dos custos operacionais.

O director de Integração, Coordenação e Relações Exteriores no INE, Cirilo Tembe, explicou que esta pesquisa é apenas qualitativa, não apresentando por isso números sobre esses aspectos. Ainda haverá outra publicação quantitativa em que esses dados poderão constar.

Além dos transportes, este relatório sobre indicadores de confiança e de clima económico considerou a conjuntura dos sectores de alojamento, restauração e similares; produção industrial, electricidade e de água; de construção e obras públicas, do comércio, bem como de outros serviços não financeiros.

No geral, a pesquisa constatou que o indicador do clima económico continuou em recuperação em Julho, ainda que o seu nível tenha sido a um ritmo baixo se comparado com os últimos três meses.

“Esta conjuntura favorável foi impulsionada pela apreciação positiva das expectativas da procura e de emprego, principalmente dos sectores de Comércio, Alojamento e Restauração, da construção e de outros serviços não financeiros”, indica o documento.

Os únicos sectores com baixas expectativas de emprego no período em referência são os dos transportes e de produção industrial.

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