A abertura do ano lectivo no Centro Regional de Recursos de Educação Inclusiva (CREI), em Nampula, está demorada devido a falta de camas e equipamento de cozinha.
Em virtude disso, Cem crianças, maior parte delas portadoras de deficiência das províncias de Niassa, Cabo-Delgado e Nampula e que se matricularam para frequentar aquele estabelecimento de ensino no presente ano, ainda continuam nas casas dos seus pais e encarregados de educação, a aguardar que o problema seja resolvido, não se sabe quando.
Olinda de Jesus, directora da instituição explicou que estamos a registar demora na entrega de 224 camas, para além de equipamento para a cozinha e o refeitório para as crianças.
O Centro Regional de Recursos de Educação Inclusiva é um estabelecimento de ensino primário, técnicoprofissional e vocacional, com atendimento psicopedagógico especializado, com um programa de formação profissional direccionado.
Funciona num edifício construido há dois anos e que comporta 13 salas de aulas, 4 das quais especializadas para leccionação de cursos de carpintaria, serralharia, culinária, corte e costura.
Além de estar apetrechado de um internato constituído por dois dormitórios, campo de futebol, residência para gestores, num investimento na ordem de 5 milhões de dólares americanos. Contudo, segundo apuramos, os edifícios apresentam sérios problemas técnicos de acabamento.
Tal é o caso da falta de rampas em algumas entradas e de saídas de emergência dos dormitórios, bebedores, armazém para acondicionamento de comida e outros materiais, casas de professores, espaço para lazer, para além das deficiências constatadas no sistema de drenagem das águas de chuva, de captação e distribuição da água, entre outras irregularidades que o fiscal não foi capaz de detectar atempadamente.