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Alguns ecos das comemorações dos 35 anos da independência

Presidente da Casa de Moçambique “frustrado”

Os 35 anos da Independência de Moçambique comemorados na passada sexta-feira não trouxeram aos moçambicanos aquilo que eram as expectativas na altura, lamentou o presidente da Direcção da Casa de Moçambique em Portugal – uma entidade de solidariedade social–

Evaristo Enoque João, enfatizando ser “frustrante” constatar que, passadas mais de três décadas, a soberania do país “não está a trazer aos irmãos moçambicanos, que sofrem, aquilo que estávamos à espera”. Apesar de reconhecer que o país “alcançou bastante” desde a sua independência, João considera que a “falta de união, de fraternidade entre o povo moçambicano” e a existência de “certos sectores recalcados da sociedade” impedem que o país consiga “avançar ainda mais”.

As revelações de Almeida Santos

O antigo presidente da Assembleia da República de Portugal e hoje empresário, Almeida Santos, considera que o líder da RENAMO, Afonso Dhlakama, “está gasto”, porque “já perdeu eleições a mais”. “O Afonso Dhlakama já perdeu eleições a mais e quando se perdem tantas eleições como ele perdeu, os adeptos perdem a esperança nele”, disse Almeida Santos, um advogado português que viveu 21 anos em Moçambique e assume ter influenciado Samora Machel a assinar, em 16 de Março de 1984, o fracassado Acordo de Nkomati com o regime racista sul-africano dirigido pelos Botha. Almeida Santos disse ter pedido ao então secretário de Estado norte-americano para os Assuntos Africanos, Chester Crocker, um documento escrito a apoiar o acordo. “Depois falei com o (Roelof) Pik Botha, ministro dos Negócios Estrangeiros da África do Sul, e mais tarde com o Pieter Botha, que era o Presidente (sul-africano)”, salientou. Sobre o MDM Almeida Santos entende não considerar, também, alternativa à FRELIMO. “Surgiu esse movimento na Beira. Parece que teve êxito. Mas é um êxito local. Por enquanto é um êxito regional”, considera.

Mboa diz que “Moçambique evoluiu”

O antigo combatente da FRELIMO MatiasMboa considera que “Moçambique evoluiu” em 35 anos de independência, apontando o “trabalho visível do Governo” como um pressuposto para “tirar Moçambique da miséria e colocálo ao nível de outros países”. “Olhando um pouco para o passado e para outros países, digo que estamos a evoluir” nas áreas económica e social, disse o autor da obra “Memórias da Luta Clandestina”, recentemente publicada em Maputo.

Tobias considera que falta “independência económica”

O ex-ministro da Defesa e antigo combatente pela liberdade Tobias Dai considera que os moçambicanos devem redobrar esforços na busca da “independência económica”, nesta altura que Moçambique comemora os 35 anos da sua soberania política como estado independnte. “A independência política permitiu à economia registar elevados índices de crescimento económico e redistribuição da renda, mas ainda não atingimos a independência económica”, disse o cunhado do actual Chefe de Estado, Armando Emílio Guebuza. 

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