Apesar de suspeitas da ocorrência de casos de múltiplas violações do espaço aéreo por aeronaves estrangeiras para fins criminais, Moçambique descarta a possibilidade de recorrer ao uso de radares para a fiscalização do país, segundo apurou o Correio da manhã de fonte competente da empresa pública Aeroportos de Moçambique (ADM).
A fraca limitação do tráfego nos aeroportos nacionais, estimado em cerca de 750 mil passageiros/ ano e os elevados custos do equipamento que rondam entre 30 e 40 milhões de dólares norte-americanos, o mínimo, são as razões de fundo para não se recorrer a radares contra casos de violação do espaço aéreo nacional, de acordo com Manuel Veterano, Presidente do Conselho de Administração (PCA) da ADM.
Veterano explicou que “a instalação de radares é apenas justificável quando a intensidade do tráfego é muito maior em relação ao nosso”, anotando, contudo, que Moçambique deverá continuar a apostar no equipamento intermédio, denominado ADS-B, para garantir a segurança do seu espaço aéreo, destacando que “para o nível actual de tráfego consideramos que estamos bem posicionados”.
De referir que a ADM projecta aplicar, nos próximos cinco anos, cerca de 200 milhões de dólares norte-americanos com vista ao apetrechamento e modernização dos aeroportos da Beira, Pemba e Quelimane, isto depois de estarem a decorrer desde Abril de 2009 obras de melhoramento do Aeroporto Internacional de Maputo.