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Airbus recebe novos pedidos e demonstra confiança para 2010

O fabricante europeu de aviões Airbus fechou uma série de negócios, recebendo novas encomendas de vulto no Salão aeronáutico de Le Bourget, expressando confiança para 2010. A empresa negou-se, por outra parte, a especular sobre as causas do acidente com o A330 que fazia o voo Rio-Paris.

“Pensamos estar perto do fim da crise. Para 2010, prevemos a retomada” das vendas de aviões, afirmou o diretor da Airbus Thomas Enders em entrevista à imprensa. A empresa viu-se obrigada mais uma vez a defender a confiabilidade de seus aparelhos, depois do acidente com o A330 da Air France entre Rio de Janeiro e Paris que deixou 228 mortos no dia 1 de junho.

A segurança é sempre “a prioridade” quando se trata de construir um avião, assegurou o número dois da Airbus, Fabrice Bregier. No entanto, os dirigentes do grupo europeu preferem não fazer comentários sobre a investigação em curso sobre a tragédia; nem sobre as dúvidas relacionadas à confiabilidade dos sensores de velocidade dos A330 e A340, questionados por causa deste acidente e de incidentes ocorridos com aparelhos do mesmo tipo nos últimos anos.

O maior pedido firme chegou ao final da jornada: dez aviões de longo percurso A350, isto é, 2,4 bilhões de dólares – segundo o preço de catálogo – encomendados pela companhia de baixo custo da Malásia, AirAsia X. Esta compra está acompanhada de opções para mais cinco aparelhos do mesmo tipo. Seguem os de médio percurso: um A320 VIP para un cliente asiático não identificado, cinco A320 para a companhia filipina Cebu Pacific e 16 aviões A321 para a Vietnam Airlines.

Soma-se a isto a intenção de compra de dois A350 por parte da companhia vietnamita. O americano Boeing, tradicionalmente menos dado a anunciar pedidos nos salões, manteve-se discreto. Na véspera, o dirigente da seção comercial da Boeing, Scott Carson, havia mostrado certa confiança. “Não existe uma certeza, mas temos a impressão de que há razões para esperar um começo de recuperação no próximo ano”, considerou.

Este ano e no ano que vem, a prioridade é garantir as entregas, além de conseguir novos pedidos, recordou o presidente da Airbus. “Contamos, em geral, com o mesmo número de entregas em 2009 que em 2008”, afirmou. No ano passado, a Airbus entregou 483 aviões. Estas previsões são similares às da Boeing, que planeja entregar em 2009 entre 480 e 485 aviões.

Os dois fabricantes estão com suas carteiras de pedidos cheias: 3.500 aparelhos cada um. Enders considerou que a Espanha é o país membro do consórcio EADS, a casa matriz da Airbus, que mais se beneficiou nos últimos dez anos.

Segundo Carson, há 10 anos, a parte de trabalho espanhola na Airbus era de 4% e, com o novo A350, chega a 10%. A EADS também tenta, neste salão, salvar o programa de aviões de transporte militar A400M, ameaçado por uma série de atrasos em seu desenvolvimento.

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