Uma rede pan-africana de laboratórios de ensaios e análise de sementes foi recentemente criada pela União Africana (UA) e pela Rede Sementeira Africana com o apoio da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO).
Baseada inicialmente em Nairobi, no Quénia, a rede, designada Fórum para as Análises de Sementes em África (FAST), tem como objectivo acelerar a aplicação de leis visando harmonizar o sector e promover experiências e o controlo de qualidade das sementes, nomeadamente através da elaboração de protocolos de análises para as principais culturas africanas destinadas às empresas públicas e privadas.
O FAST permitirá igualmente multiplicar as trocas de material genético, quer dizer colecções de sementes e outras inovações técnicas entre os laboratórios de sementes em África.
“O problema das sementes de má qualidade afecta a agricultura africana há vários anos e contribuiu em parte para o fracasso da revolução verde em África”, sublinhou um funcionário sénior no Departamento da FAO para a Agricultura e Protecção dos Consumidores, citado pela agencia noticiosa pan-africana, PANA.
Robert G. Guei acrescentou que a falta de sementes de qualidade, tanto para as hortícolas como para a produção comercial, constitui um dos principais obstáculos à produção de alimentos no continente.
O FAST oferecerá, pela primeira vez, um quadro regulamentar para várias culturas primordiais para África e favorecerá o desenvolvimento doutras sementes importantes para a segurança alimentar.