Trabalhadores da empresa de segurança Grupo 4, proprietária da Alfa Segurança em Nampula, prometem paralisar as suas actividades laborais em revindicação de alguns direitos de que foram privados pela actual entidade patronal.
Consta que, depois da venda das acções da Alfa Segurança ao Grupo 4, sedeado na República da África do Sul, o ambiente na empresa degradou devido a despedimentos arbitrários, incumprimento do horário de trabalho, eliminação de alguns prémios, abolição de lanches e de assistência médica e medicamentosa, entre outras regalias.
O Comité Sindical daquela segurança privada está preocupado com a atitude dos novos patrões e tenciona promover uma greve, como forma de pressionar o patronato a honrar com os seus compromissos. O caso de maior gravidade está relacionado com o cancelamento dos subsídios funerário, de férias e de seguro social, pagamento de horas extras, para além da redução em cerca de 30 por cento do salário que auferiam anteriormente.
Não concordamos em firmar novos contratos como se fossemos recém admitidos. Até porque muitos de nós alguns de nós, estamos a trabalhar na empresa há mais de cinco anos. Disse um responsável do Comité Sindical local, acrescentando que a entidade empregadora tentam aliciar-nos com promessas que nunca chegam a ser cumpridas.
A fonte, que pediu anonimato, disse que está prevista para a próxima semana a paralisação total das actividades, enquanto se aguarda pela resolução dos problemas que preocupam aquela camada social. Informações, por confirmar, dão conta de que o chefe dos Recursos Humanos e um dos inspectores da empresa foram processados disciplinarmente por alegada cumplicidade com os trabalhadores.
A reportagem do Wamphula fax não conseguiu registar a reacção dos proprietários do Grupo 4, uma vez que a única pessoa que podia prestar informações à imprensa encontra-se na África do Sul. E, localmente, ninguém se atreve a abrir a boca, sob o risco de ser despedido.