Dois agentes da Polícia da República de Moçambique (PRM) em Báruè, na província de Manica, são acusados de terem extorquido, na manhã deste sábado (26), 500 meticais a um suposto homem da Renamo, identificado pelo nome de Joni Simone Samelo, de 33 anos de idade.
A vítima contou-nos que o caso deu-se quando ia fazer compras num mercado de Báruè, porém, durante o percurso, dois agentes da Lei e Ordem, fardados, exigiram ao jovem o bilhete de identidade e, de seguida, foi revistado. Num seus bolsos, os elementos da corporação encontraram uma cópia da carta de condução de um amigo.
Os polícias aproveitaram-se desse facto para acusar Joni Samelo de ter morto o proprietário da carta em alusão. Para além de terem acusado o jovem de ser militante do maior partido da oposição em Moçambique, a Renamo, os agentes da PRM obrigaram o cidadão a que nos referimos a patrulhar algumas zonas de Báruè com eles.
Entretanto, Joni Samelo negou obedecer às ordens da corporação, por isso, foi agredido fisicamente. Perante a atrocidade os policiais, o cidadão pediu para que fosse levado ao comando da PRM, onde o caso foi dirimido por um Oficial do Dia, que, por sua vez, restitui Joni Samelo à liberdade após concluir que houve má-fé por parte dos colegas.
Indignado com a atitude infame dos membros da Lei e Ordem em causa, Joni Samelo contactou a Rádio Comunitária Catandica para denunciar o problema. Refira-se que a 04 de Outubro em curso outro grupo de agentes da PRM em Báruè detiveram ilegalmente um jovem residente na vila de Catandica, a quem extorquiram, também, mil meticias.