Um agente das Forças de Protecção para Altas Individualidades – FIPAE, em Chimoio, está foragido depois de balear na perna esquerda, o seu colega de trabalho, terça-feira, 11 de Junho, no recinto da Assembleia Provincial de Manica, quando eram 12 horas.
A vítima foi Lourenço Masive, um guarda da polícia, que foi baleado por tentar consolar o colega, que estava muito agitado. Ele estava a seguir um dos seus comandantes na Assembleia Provincial de Manica, em Chimoio.
A arma de César Nota, sargento principal da polícia, do tipo AKM, trazia 28 munições, quando alvejou o seu colega. Suspeita-se, no entanto, que César Nota, tem problemas de intervalo, ou seja, sofre de perturbações mentais, o que pode constituir perigo aos dirigentes do governo local, como por exemplo, para a Governadora de Manica, ou mesmo Presidente da Assembleia Provincial.
Segundo testemunhas, César Nota, que recentemente foi promovido a categoria de sargento principal da polícia, o qual na altura estava sob efeito de álcool, pretendia assassinar um dos comandantes, por lhe deixar muito tempo na categoria de sargento da polícia.
João explicou, segundo O Planalto, que o baleamento surgiu depois de uma discussão entre o tal membro da PRM e um colega, que é guarda da polícia, em que o primeiro prometia que ia lhe matar, enquanto a vítima pretendia-lhe acalmar.
Ainda de acordo com João, momentos depois ouviu-se dois disparos, sendo que o primeiro atingiu na perna esquerda e o segundo não sabe para que lado foi direccionado, suspeitando que seria para o ar.
Este, salientou que depois de César Nota ter disparado contra Lourenço Masive, um outro colega destes, saiu a correr do local do crime, com duas armas, uma do companheiro atingido e outra sua, uma vez pretendia se proteger do colega embriagado, que saiu na sua trás em direcção a avenida dos trabalhadores saído da 25 de Setembro, próximo a praça dos Heróis Moçambicanos.
Em conexão com a testemunha, depois que os dois saíram em perseguição, não mais voltaram, tendo o autor do crime desaparecido até a data.
“Eles começaram a discutir. Um dizia que vou-te matar, repetidamente, até que ouvi disparos saindo dentro da Assembleia Provincial. Depois saiu um polícia, com arma na mão a fugir para quem vai a cruz vermelha, depois contornou a curva para o ICS, e não voltaram mais”, vincou João.
No entanto, Lourenço Masive, disse que tudo aconteceu na terça-feira passada, quando estava escalado, juntamente com o seu colega César Nota, afiançou que ele (Nota) tinha seus problemas de serviço, afirmou de seguida que ele estava agitado devido ao consumo de álcool.
“Foi beber, depois de beber voltou, pegou AKM, pós a bala na cana, ele atrás dos comandantes, quando foi atrás dos comandantes, os comandantes fugiram, temendo a ele. Somente quando ele volta para seu posto, eu aproximei para poder aconselhar”, começou por explicar Masive.
Lourenço Masive, afiançou que quando ia aconselhar o colega, César Nota começou a disparar contra si, tendo primeiro alvejado na perna esquerda e depois falhado um tiro que seria mortal, na parte da cabeça, tendo de seguida pondo-se em fuga, com a arma do crime.
Este guarda da polícia, continuou ajuntando que o colega pretendia cometer o crime, alegando que como subiu de patença, pretendia um lugar de chefia na corporação, o que era barrado pelos tais comandantes que estava a procura.
Entretanto, o chefe das relações públicas no comando da PRM, em Manica, Bartolomeu Amone, confirmou que dois colegas, colocados no posto da Assembleia Provincial, estando em serviço, um alvejou o seu colega na perna esquerda, encontrando-se hospitalizado.
Bartolomeu Amone, avançou que desconhece-se as causas que resultaram no acidente, porque César Nota, anda fugitivo, estando a se efectuar um trabalho no sentido de se recuperar a arma, que aliás, é um perigo para a segurança pública, uma vez estar alterado psicologicamente.
“O que está sendo dito, são comentários, mais a verdade só pode estar com ele. O que nos podemos fazer agora, é depois de ele ser localizado, terá de nos dizer o que terá acontecido para agir desta maneira”, pronunciou o chefe das relações públicas no comando da PRM, em Manica.
Em concordância com Bartolomeu Amone, dificilmente pode-se confirmar se César Nota, estava ou não embriagado, uma vez ter-se apresentado no posto lúcido, “estava serio, estava lúcido mesmo, não estava no estado de embriaguez mas aconteceu que de repente ficou mesmo agitado”, indicou.
O nosso entrevistado, riçou que o alvejado foi ao encontro do colega para poder lhe acalmar, para procurar saber o que estava a acontecer porque já sentia-se agitado, em resposta ao colega e de forma a abrandar a situação, disparou, tendo-lhe alvejado na perna esquerda.
Logo que localizado, Amone disse que o agente que cometeu o crime, vai estar sob custódia policial, para uma averiguação para saber o que estava a acontecer, que passar por um processo disciplinar e criminal, correndo o risco de ser expulso da corporação.
“Se confirmar que agiu conscientemente, pode-se tomar medida e até se afastar o agente da corporação, concluiu Bartolomeu Amone.