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Agente da PRM surra menor após recusar repreensão

Um agente da Polícia da República de Moçambique (PRM), na Cidade da Beira, deu várias pancadas a um menor de cerca de 12 anos de idade, por o menino ter questionado o posicionamento da arma que o polícia transportava numa bicicleta. O sucedido deu-se na manhã desta terça-feira próximo do mercado da Manga-Mascarenhas, arredores da Cidade da Beira, perante assistência de muita gente que só não interveio receando que o polícia ainda fosse capaz de fazer o pior, nomeadamente disparar a arma que trazia.

A nossa reportagem que na altura se fazia presente próximo do local onde o menor foi surrado também testemunhou a agressão, mas não pode impedir porque o polícia se fazia valer do facto de possuir arma do tipo AKM-47.

Quando chegamos ao local, o polícia em causa havia encostado o menino para o interior duma banca onde apenas estavam os dois num autêntico ambiente de penitência e ninguém podia aproximar-se porque o agente da PRM não parava de exibir o poderio da arma que trazia. Nem o menino podia defender-se muito menos reagir a agressão que foi sofrendo. Depois de sovar bastante no menino que nem forças para gritar clamando pelo socorro teve, o agente retirou-se do interior da banca com a sua arma em punho e gingando que ele não era polícia de ontem.

O seu estado aparentava estar embriago ou no mínimo sofrer de perturbações mentais. Depois de se ausentar do local deixando o menino visivelmente atormentado pelo castigo imposto, aproximamo- nos dele para perceber melhor o que teria acontecido para sofrer aquelas sevícias todas. O menino dissenos que apenas quis chamar atenção do polícia sobre os perigos decorrentes da forma como havia manuseado o instrumento mortífero na sua bicicleta. O polícia havia colocado a arma na posição horizontal sobre o volante da bicicleta que pedalava normalmente na estrada do Aeroporto em direcção a Manga.

Era uma bicicleta que até só cabe na sucata e algumas testemunhas confirmaram terem visto várias vezes o mesmo polícia a circular daquele jeito. Como que a confirmar isso, mesmo depois de sovar o menino devido a repreensão no momento de partida voltou a colocar a arma na mesma posição, mostrando tamanha arrogância e ignorância, pois durante a sua instrução, acredita-se, apreendeu que toda espingarda deve ser posta na posição vertical, podendo o cano estar virado para baixo ou para cima.

Nem o menino que nunca passou de um centro de instrução policial ou militar sabia dizer que tem de ser assim. O tipo de atitude do polícia em causa só retira mérito e respeito a Polícia da República de Moçambique. Isso vêem provar, mais uma vez, que boa parte dos agentes da PRM não tem boa conduta nem moral cívico para representar as fileiras. O já simples facto de ser polícia devia significar exemplo de cargo ou título de honra na sociedade, pressupondo que deve ter procedimentos que atraem o respeito dos restantes membros da sociedade.

Devido a comportamentos idênticos a desse polícia que agride menor para negar repreensão, organizações nacionais e estrangeiras não tem se poupado acusando a PRM de ser um organismo fiasco, outros até apelidam de possuir licença para matar; o que mancha a reputação do próprio País no plano internacional.

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