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África do Sul quer investir na Zona Económica Especial de Nacala

Cerca de 20 empresários da África do Sul deslocam- se, próxima semana, à Zona Económica Especial de Nacala em missão exploratória das potencialidades da região criada pelo Governo, em 2007, e gozando de isenção dos direitos aduaneiros na importação de matérias-primas, equipamentos e demais bens destinados à proscução de actividades de investimento.

Integrados na Missão NEPAD Bussines Foundation, os agentes económicos sulafricanos estarão em Nacala de 24 a 26 de Agosto de 2011 e far-se-ão acompanhar de representantes da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), segundo apurou, esta segunda-feira, o Correio da manhã de fonte adequada daquela agremiação moçambicana.

A deslocação de empresários sul-africanos poderá coincidir com a visita a Moçambique do Presidente da África do Sul, Jacob Zuma, em preparação pelos governos dos dois países, naquilo que, a acontecer, será a primeira visita oficial de Zuma ao país desde que ascendeu ao poder em substituição de Thabo Mbeki.

Entretanto, estão em aplicação por empresários nacionais e estrangeiros na Zona Económica Especial de Nacala (ZEEN), com mais de 1300 quilómetros distribuídos pelos distritos de Nacala- Porto e Nacala-à-Velha, cerca de 280 milhões de dólares norte-americanos em projectos ligados à indústria, produção de combustíveis, agricultura e turismo.

Seis países

A lista, entretanto, dos principais países investidores da ZEEN inclui a Tanzânia, África do Sul, Índia, Inglaterra, Itália e Portugal, cujo investimento está a ser direccionado às áreas de indústria e agroindústria, estando já em pleno funcionamento 18 empresas nacionais e estrangeiras.

Um total de 11 daquelas unidades económicas licenciadas e certificadas são da área industrial, duas do sector turístico, três da área de serviços e as restantes duas do ramo da agro-indústria que proporcionam cerca de três mil novos postos de trabalho a residentes dos distritos de Nacala-Porto e Nacala-à-Velha, em Nampula.

Na área da indústria destacam- se as futuras fábricas de processamento de cereais, bolachas, cimento e chapas de zinco, para além da refinaria de petróleo, segundo consta de um documento do Ministério de Planificação e Desenvolvimento (MPD) em poder do Cm.

Refira-se, entretanto, que Nacala está dotado do porto com “águas mais profundas da Costa Oriental de África”, com capacidade instalada de 2,4 milhões de toneladas de carga diversa por ano, segundo o mesmo documento que mais adiante destaca o facto de Nacala estar mais próximo dos mercados da Ásia e Europa e a decorrerem trabalhos preliminares para a obra de construção de um aeroporto internacional para acolher aeronaves vindas de todos os continentes.

Paralelamente a estas acções, decorrem igualmente trabalhos de demarcação da futura Zona Franca Industrial, enquanto o Governo mobiliza financiamentos com vista à implantação e desenvolvimento de infra-estruturas de base, como o redimensionamento e expansão do Porto de Nacala, a reconstrução da linha férrea que sustenta o Corredor de Desenvolvimento do Norte, incluindo os ramais que servem os países vizinhos e a República Democrática do Congo.

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