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Africa do sul deporta 400 asiáticos para Moçambique

As autoridades sul-africanas deportaram, sábado, para Moçambique cerca de 400 imigrantes ilegais maioritariamente asiáticos, detidos em vários locais naquele país vizinho.

Trata-se essencialmente de indivíduos de nacionalidade paquistanesa, indiana, bengali e chinesa que foram repatriados através da fronteira de Ressano Garcia, transportados em quatro autocarros, tanto moçambicanos como sul-africanos, ora retidos no Comando das Alfândegas no distrito de Boane, província de Maputo.

O objectivo do repatriamento para aquele comando das alfândegas é, segundo a STV, televisão privada, efectuar a devida triagem, para apurar o verdadeiro país de origem, para uma melhor organização do processo de devolução à procedência.

Apesar de haver uma tendência crescente e casos de imigrantes ilegais no país, tendo o mais mediático acontecido no dia 19 de Janeiro último, quando a Migração no Aeroporto de Maputo reteve um total de 63 cidadãos bengalis que pretendiam entrar para Moçambique com vistos falsos, o caso de sábado em Ressano não deixa de suscitar dúvidas quanto a sua origem.

Muito embora, o espírito e a letra que regem assuntos deste género afirmam que todo o indivíduo que for preso por se encontrar ilegalmente em um determinado país deve ser deportado para o último país por onde entrou e este, por seu turno, ao Estado por onde passou até chegar a procedência, há muito dúvida que todos tenham passado por Moçambique.

Aliás, falando a STV um dos deportados de origem bengali disse não entender as razões que ditaram a sua deportação para Moçambique, porque estava a viver legalmente na Africa do Sul.

Caso de prova que os cerca de 400 imigrantes ilegais entraram à vizinha África do Sul via Moçambique, então estar-se-á numa situação de extrema porosidade fronteiriça que anula todo esforço imensurável que a força da guarda-fronteira tem levado a cabo em coordenação com as outras forças do país.

A província de Cabo Delgado, norte do país, tem sido bastas vezes apontada como a principal via de acesso para os imigrantes ilegais de diversa proveniência.

O Governador da Província, Eliseu Machava, disse que o seu Executivo nota com uma certa apreensão a crescente e flagrante movimentação de cidadãos estrangeiros ilegais, daí estar a fazer tudo ao seu alcance para controlar a situação.

“O assunto tem merecido uma reflexão para aprofundar e compreender melhor as verdadeiras causas da imigração ilegal”, disse Machava, apontando que têm sido pessoas vindas dos Grandes Lagos, da Somália, Estado sem governo desde 1991 aquando da queda do regime de Mohamed Siad Barre.

Segundo o governador, quando interrogados os imigrantes afirmam haver muito sofrimento nos países de origem e que Moçambique seria um país de refúgio seguro.

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