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Administrador marítimo ordena destruição de embarcações em más condições

O novo administrador marítimo na província central de Sofala, António Vilanculos, ordenou a destruição de todas as embarcações que se encontram em péssimas condições de conservação e que são usadas para o transporte de passageiros, por colocarem em perigo a vida humana.

Vilanculos anunciou o facto, na cidade da Beira, durante um encontro com os operadores marítimos, nomeadamente transportadores e pescadores, com o intuito de se apresentar oficialmente e inteirar-se dos problemas que os apoquentam.

O administrador disse que, regra geral, os passageiros são transportados por chatas pertencentes a privados, maioritariamente sem condições adequadas para o efeito, da Beira para Búzi, Chiloane, Machanga, Barada e Ampara e vice-versa, colocando em perigo vidas humanas.

Aquela situação deixa preocupadas as autoridades marítimas em Sofala e, conforme disse António Vilanculos, citado pelo jornal “Diário de Moçambique”, as pessoas devem ser transportadas com dignidade, criando-se condições cómodas até chegarem aos seus destinos.

“O que se tem vindo a constatar é deveras preocupante, visto que os passageiros viajam em embarcações superlotadas e, como se isso não bastasse, não têm coletes salva-vidas”, explicou Vilanculos.

Os operadores marítimos confirmaram a triste realidade constatada pelo novo administrador marítimo de Sofala, que tomou posse no passado dia dez de Janeiro e disseram que uma embarcação com capacidade para 15 pessoas chega a transportar 45 passageiros ou mais, sem contar com a carga. Segundo eles, nas chatas, os bidões de combustível substituem os coletes salva-vidas.

“Estou preocupado com a superlotação e a forma como as pessoas são transportadas. É uma situação inadmissível para quem transporta vidas humanas. Não podemos chamar de barcos a estas carcaças que por aqui circulam”, sublinhou o administrador marítimo de Sofala.

“Eu vou queimar as embarcações que não reúnam condições para essa actividade, porque acabam criando naufrágios, ceifando vidas humanas”, assegurou a mesma fonte.

O administrador disse que as vistorias que são feitas as embarcações devem ser rigorosas e reprovar aquelas que não reúnem condições para o transporte de passageiros.

“Não queremos que haja mortes de pessoas, pois privilegiamos a vida humana”, frisou Vilanculos, prometendo que medidas duras serão tomadas, “porque queremos proteger as pessoas”.

Em Sofala, o último naufrágio ocorreu em Novembro do ano passado devido a superlotação, tendo morto 20 pessoas, das 38 que eram transportadas de Machanga para a cidade da Beira, envolvendo uma embarcação da Missão de Barada. O incidente registou-se próximo da ilha de Chiloane.

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