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Actores moçambicanos participam no festival “Periferias” em Portugal

O grupo de teatro Lareira Artes participa, a 17 de Março próximo, no festival internacional de teatro “Periferias”, na cidade de Sintra, em Portugal, no qual os actores moçambicanos irão exibir as peças “A Cavaqueira do Poste” e “Mentes e Sonhos”.

Na cidade de Maputo, o Lareira Artes tornou-se uma colectividade teatral célebre quando, em 2010, apresentou, pela primeira vez, no Festival Tunduro, a peça teatral “A Cavaqueira do Poste”.

A obra que foi colocada na praça numa altura em que o mundo se ressentia dos efeitos da crise financeira internacional. Algum tempo depois, o Lareira Artes encenou a peça “Cinzas Sobre as Mãos”, que retrata a guerra, escrita pelo francês Laurent Gaudé e encenada por Elliot Alex. Trata-se de uma peça que contrapõe, na intriga, os actores Diaz Santana, Lucrécia Noronha e Violeta Mbilane, estas duas últimas licenciadas em teatro pela Escola de Comunicação e Artes (ECA).

Dois coveiros, Diaz Santana e Violeta Mbilale, incineram e enterram cadáveres. No meio disso, encontra-se uma sobrevivente, Lucrécia Noronha. É nisso que o teatro que se impõe como um protesto contra os conflitos bélicos evolui.

Com estas peças, desde essa época a esta parte, o Lareira Artes tem estado a participar em festivais internacionais em várias partes do mundo lusófono, com destaque para o Brasil.

No ano passado, o jornalista Sérgio Mabombo permitiu que o texto “Mentes e Sonhos”, por si escrito, fosse encenado pelos estudantes da ECA. Este ano, a convite do grupo português de teatro, Chão de Oliva, que organiza o festival Periferias, o Lareira Artes participa no evento com as peças “A Cavaqueira do Poste”, que retrata a crise financeira mundial sob ponto de vista de dois mendigos, e “Mentes e Sonhos”, que retrata as peripécias de um casal durante o período da guerra civil.

Refira-se que a peça “A Cavaqueira do Poste” será exposta pela segunda vez consecutiva no festival “Periferias”, em resposta do apelo feito pelo público português aos organizadores do evento. É que, ao que tudo indica, a peça moçambicana foi, nessa altura, uma das grandes atracções da edição passada do mesmo evento.

Os actores moçambicanos irão partilhar experiências com os seus confrades de países como Angola, Cabo-Verde, Brasil e Portugal. Afinal, o evento consta de exibições e oficinas de teatro com o objectivo de potenciar estas realizações dos países falantes da língua portuguesa.

 

 

 

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