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A segunda noite da maior “reunião” de Jazz do continente

A segunda noite do Festival de Jazz que aconteceu este fim de semana começou cedo ainda o sol brilhava na cidade do Cabo, na Africa do Sul, embora a noite da abertura tenha se prolongado madrugada a dentro, para alguns terminou durante a manha numa das jam sessions que aconteceram.

Este festival nao vive só de grandes estrelas abre espaco para o surgimento de novos talentos, e ao longo desta década vários novos musicos tem se projectado através destes palcos. A tarde começou com uma banda de jovens saidos dos bairros de lata da cidade, os Sekunjalo Edujazz, jovens estudantes que aspiraram ser estrelas da música.

A rainha do afro soul, a sul africana Simphiwe Dana, actuou de seguida, num palco maior que o previsto tal foi a demanda de fans para esta sua apresentacao, a segunda depois de haver participado no festival de 2005.

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Depois aconteceu a mais aguardada actuação do festival, Esperanza Spalding subiu ao palco, encostou-se ao contrabaixo, bem mais largo do que ela e vários centímetros mais alto, e encantou nao apenas tocando mas com a sua voz inebriante, pasmem-se ate canta em português, e rebolando o seu pequeno corpo ao som que partilhou com os fans que tiveram a felicidade de presenciar a actuação ao vivo.

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O guitarrista, pianista, vocalista e compositor Sul africano Dave Ledbetter tocou com a sua nova banda, os Clearing, que integra o saxofonista Buddy Wells, o baterista Kesivan Naidoo, o pianista Andrew Lilley, o baixista Shane Cooper e o trompetista Lee Thompson.

Ntsholeng “Citie” Seetso, baixista, teve a honra de estrear-se no festival tambem como sendo o primeiro artista do Botswana a marcar presenca neste evento.

Depois do pai e do avó haverem actuado em festivais anteriores foi a vez de Naima McLean deixar a sua marca no maior festival de jazz de Africa, uma marca que ficou na mente de quem ouviu a sua linda voz e, para quem conhece o trabalho dos seus progenitores fica a confirmação que de que filha de peixe sabe nadar.

Os Earth, Wind and Fire voltaram ao palco pela segunda vez e contagiaram novamente a plateia, o tempo passa mas e só faz bem a esta banda que em palco dancam, saltam….num ritmo de fazer inveja a muitos jovens.

O quarteto de Wayne Shorter fez tambem uma segunda actuação, o Brian Blade deu novo show na bateria enquanto Danilo mantinhano seu piano ao ritmo do saxofone de Wayne e John acompanhava-os no contrabaixo.

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O jovem de 25 anos Lwanda Gogwana apareceu neste festival já com a sua banda, depois de haver participado em ocasiões anteriores como integrante de outros grupo. Do seu trompete a musicalidade fluiu alegre prenunciando voos mais alto para este artista que tem para breve o lançamento do seu primeiro álbum.

A voz inebriante da norte americana Monique Bingham foi outras agradável surpresa, quem conhece a sua carreira pôde confirmar o porque da sua ascensão. Quem nunca a havia escutado ficou com aquela voz a ressoar no seu interior.

O guitarrista Chuck Loeb trouxe para o Festival uma convidada, a vocalista e compositora espanhola Carmen Cuesta, para quem produziu vários álbuns. Uma dupla inovadora que trouxe um toque latino ao maior festival de jazz do continente.

Depois subiu ao palco o flautista norte americano Hubert Laws, trazendo para o jazz um pouco de música clássica, Bach, Stravinsky e Rachmaninov foram algumas das adaptações que apresentou.

A vocalista e compositara sul africana Lisa Bauer, uma das mais promissoras vozes do país, subiu ao palco com o seu quarteto, que junta o pianista Andrew Lilley, o baterista Kesivan Naidoo, o contrabaixista Shane Cooper, o saxofonista Mark Fransman e ainda o guitarrista Maxim Starke.

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O flautista, tenor, soprano e saxofonista moçambicano Orlando Venhereque ocupou um dos maiores palcos do festival e pôs a vibrar o público com temas que farão parte do seu primeiro álbum que em breve será lançado.

Um verdadeira miscelândia artística foi apresentada pelos Gazelle, uma banda que mistura música, dança, arte, fotografia e moda. Numa altura que a África do Sul passa por momentos de tensão social o olhar crítico deste jovens liderados por Nick Matthews, que em palco veste como um verdadeiro ditactor à africana, soa como a voz dos mais oprimidos com muita classe e música de qualidade.

A noite começava a cair, e aproximava-se o fim do festival quando a norte americana Cindy Blackman sentou-se na bateria e começou irradiar a sua energia, sentida pelos espectadores que terão ficado com até com o coração aos pulos.

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Mas ainda havia mais momentos de emoção no Festival, Hugh Masekela e o seu irmão camarada norte americano, o pianista Larry Wills, subiram ao palco, acompanhados pelo baixista Victor Masondo e o baterista Lee Roy Sauls, e encantaram quem teve oportunidade de estar na sala apresentando o álbum “Almost Lioke Being in Jazz”. Um projecto que os dois, Hugh e Larry, tinham por realizar a quase quatro décadas afinal ambos tem trilhado caminhos bem diferentes.

E a honra de encerrar o festival coube ao cantor senegalês Yossour Ndour, o rei do mbalax – uma fusão de ritmo e dança do Senegal com Jazz ocidental e uma dose de rock.

Na madrugada de domingo os fans sairam mais uma vez encantados, maravilhados e cansados do Centro Internacional de Conferências na cidade do Cabo, este Festival superou os anteriores afirmou a grande maioria, que já a assegurar que para o ano voltarão.

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