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A Cuba de Raúl Castro mantém graves violações aos Direitos Humanos: HRW

Pelo menos 40 pessoas detidas por representarem “perigo social”; agressões constantes a dissidentes e difíceis condições carcerárias – esse é um panorama da Cuba de Raúl Castro traçado pela Human Rights Watch, HRW.

Em informe divulgado na quarta-feira, essa organização de defesa dos Direitos Humanos sugere aos Estados Unidos – cujo embargo contra a ilha provou ser ineficaz – buscar uma aliança com a União Europeia, América Latina e Canadá para decidir sanções comuns a serem aplicadas contra o regime castrista, dando-lhe seis meses para libertar todos os prisioneiros políticos.

O relatório intitulado “Um novo Castro, a mesma Cuba”, apresentado em Washington, detalha um estado de medo permanente entre os activistas políticos e religiosos, num contexto de miséria crescente. “Apesar de significativos obstáculos à investigação, a Human Rights Watch (HRW) documentou mais de 40 casos de pessoas presas simplesmente por quererem exercer seus direitos fundamentais”.

O informe foi elaborado clandestinamente, com a ajuda de 60 pessoas, explica a HRW. Apesar das vagas promessas iniciais de maior abertura, Raúl Castro “mantém firmemente a maquinaria repressiva”, denunciam os autores. “O governo de Raúl Castro vem utilizando, também, leis draconianas e julgamentos fictícios para encarcerar os que se atrevem a exercer suas liberdades fundamentais”, diz.

No começo do ano, em meio a uma crise aguda, o regime lançou a chamada “Operación Victoria”, para prender dezenas de jovens, simplesmente porque não tinham emprego. O informe detalha casos como o de Ramón Velázquez Torazo, que em Dezembro de 2006 começou a percorrer a ilha a pé, acompanhado de sua esposa, Bárbara, e da filha Rufina, de 18 anos, para exigir a libertação de presos políticos.

Começaram logo a ser perseguidos por grupos de “reacção rápida” que os insultaram e assediaram de forma constante. Em Janeiro de 2007, os três foram detidos em Camaguey. Ramón Velázques foi encarcerado por representar “perigo social”, já que não tinha trabalho.

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