Membros do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), no distrito de Gondola, província central de Manica, abandonaram a campanha de cacau ao voto a favor do seu partido, exigindo a substituição imediata do actual delegado distrital acusando-o de arrogância e de agir no sentido de destruir aquela formação política. Rodeci Nhangolo, o preferido pelos membros daquele movimento em detrimento do actual delegado Domingos Kombo, disse que em face desta revolta o actual líder anda fugitivo da delegação e os membros estão desesperados, razão porque querem indicar um outro para dirigir os destinos do MDM naquele distrito.
Chamado a tecer considerações sobre o assunto, Domingos Kombo disse não ter conhecimento da revolta nem da paralisado da campanha, “o que sei é que o MDM está a fazer campanha porta-a-porta. A minha ausência na delegação tem a ver com problemas familiares de carácter urgente que tenho a resolver”. Kombo disse ser receptivo quanto a sua possível substituição do cargo de delegado político, destacando que “o que mais me interessa e’ continuar a ser membro do MDM”.
Por seu turno, Rodeci Nhangolo, que diz ser membro fundador numero um do MDM naquele ponto do pais, avançou que o veredicto final sobre se vai ou não assumir os destinos desta organização politica sairá de um encontro a ter lugar na próximas sexta-feira, depois de o mesmo ter sofrido um adiamento devido a ausência do actual delegado.
A orientação deixada pelo líder do MDM, Daviz Simango, quando semana passada escalou esta parcela do pais foi a de que o partido devia fazer campanha porta-a-porta e nalguns momentos organizar caravanas e encontros populares para difundir a mensagem de ‘caça’ ao voto, mas, segundo fontes desta formação politica, nada disso acontece porque o membros andam revoltosos. “Domingos Kombo mente a imprensa dizendo que o MDM esta a fazer campanha porta-a-porta nos bairros 7 de Abril e Josina Machel, quando na realidade não se esta a fazer nada. Eu fiz questão de me deslocar a estes pontos e constatei que não se estava a fazer nada. Tudo quanto se diz de campanha aqui do distrito e’ mentira”, vincou.
Para fundamentar a sua posição, Nhangolo disse que devido a sua ‘antipatia’ o actual líder não consegue reunir o numero necessário de delegados de lista para cobrir todo o distrito, possuindo neste momento apenas 115 elementos, numero suficiente apenas para cobrir as mesas de voto na vila autárquica e não os restantes bairros. “Ate os meus amigos da Frelimo perguntam-me afinal o que se passa com o teu MDM não estamos a ver nada e eu lhes respondo que estou a fazer os meus negócios porque no meu partido as pessoas colocaram os seus interesses acima dos interesses da organização”, disse.
Nhangolo referiu que para criar o MDM em Gondola ele, que era membro da Renamo, liderou uma campanha de mobilização tendo conseguido desertar vários membros do partido de Afonso Dhlakama.