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Conferência Mundial sobre Clima Lança Serviços Meteorológicos

Conferência Mundial sobre Clima Lança Serviços Meteorológicos

Líderes mundiais, cientistas que estudam o clima e especialistas de sectores como água, agricultura e saúde terminaram o seu trabalho aqui a 4 de Setembro, na terceira Conferência Mundial sobre Clima, lançando uma medida que ajudará as pessoas a compreenderem melhor e a adaptarem-se a um planeta em mutação rápida. O Quadro Mundial para Serviços Climáticos, acordado por mais de 2.000 participantes na conferência, reforçará a produção, disponibilidade, prestação e aplicação de previsões climáticas de base científica e outros serviços.

Também estabelecerá um mecanismo para trabalhar com as comunidades e outros utilizadores da informação meteorológica a fim de criar produtos úteis e através de formação e educação reforçar as capacidades nos países em desenvolvimento para produzir e aplicar os seus próprios serviços meteorológicos. “Estou muito entusiasmada com esta conferência”, declarou Jane Lubchenco, administradora da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA) durante uma conferência de imprensa a 3 de Setembro.

“Acredito que hoje será lembrado como o dia em que os serviços meteorológicos nasceram oficialmente. Tal como dependemos de todos tipos de serviços meteorológicos, em breve – se os nossos esforços forem bem sucedidos – podemos contar com uma série de previsões e serviços sobre o clima de base científica”, acrescentou. (Ver “Adaptação a Alterações Climáticas Muda Enfoque de Reunião em Genebra”).

SERVIÇOS METEOROLÓGICOS

Dentro de quatro meses a Organização Meteorológica Mundial (OMM) reunirá um grupo de trabalho especial de conselheiros independentes de alto nível, que consultarão governos, organizações parceiras e outras partes interessadas antes de recomendar os elementos do quadro. Alguns dos elementos já existem mas precisam de ser reforçados incluindo o Sistema Global de Observação do Clima (GCOS) e o Programa de Investigação Mundial do Clima (WCRP) O GCOS, criado em 1992, é um sistema operacional, internacional de bóias, sensores, aeronaves e satélites que monitorizam as propriedades físicas, químicas e biológicas do sistema meteorológico e atmosfera, oceano, terra, água e gelo seus componentes. É co-patrocinado por OMM, Comissão Oceanográfica Intergovernamental (COI) da UNESCO, Programa das NU para o ambiente e Conselho Internacional para Ciência (ICSU).

O WCRP foi criado em 1980 pela OMM e pelo ICSU e desde 1993 tem sido co-patrocinado pela COI. Foi formado para determinar a previsibilidade do clima e o efeito das actividades humanas no clima. Os seus esforços tornaram possível aos cientistas monitorizar, simular e projectar o clima mundial com uma exactidão sem precedentes. Há dois elementos novos: um sistema de informação de serviços climáticos criará informação, produtos, previsões e serviços e um programa de interface com o utilizador desenvolverá formas da colmatar a lacuna entre informação sobre o clima a ser desenvolvida por cientistas e as necessidades de informação prática dos utilizadores.

Quando o quadro for desenvolvido fornecerá o tipo de serviços de que as pessoas precisam para se adaptar a um clima em mudança. “Imagine agricultores a serem capazes de decidir o que plantar e quando com base em previsões de secas com três a cindo anos de antecedência”, disse Lubchenco aos participantes na WCC-3 a 3 de Setembro. “Imagine comunidades no litoral capazes de se preparar para o aumento do nível do mar e a intensidades da tempestade… planificadores costeiros ou gestores hídricos capazes de assegurar a disponibilidade de água potável, produção de energia, agricultura e muitas outras utilizações… profissionais da saúde pública prontos para ou capazes de evitar surtos de malária com base em previsões da precipitação a mais longo prazo”.

ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS EM ÁFRICA

Como consequência da reunião em Genebra, muitos africanos responsáveis pela meteorologia anunciaram a 4 de Setembro que se reunirão de 15 a 19 de Março de 2010 para discutir pela primeira vez as formas de reforçar a informação sobre o tempo, o clima e a água a fim de tomarem decisões. A reunião será organizada pela OMM e a União Africana. O continente africano é particularmente vulnerável às alterações climáticas. O número e a magnitude dos riscos estão a aumentar perante um sistema climático em aquecimento. Todos os sectores em África são afectados, desde a agricultura, água e segurança alimentar a saúde e silvicultura.

Os serviços meteorológicos e hidrológicos nacionais africanos têm um papel importante a desempenhar na avaliação e monitorização das alterações climáticas, disse o Secretário Geral Assistente da OMM, Jeremiah Lengoasa, durante a reunião WCC-3 e os seus sistemas de alerta precoce são essenciais para ajudar a evitar desastres naturais. “O principal desafio de África reside na disponibilidade de dados sobre o clima e na capacidade de processamento”, declarou Ali Mohamed Shein, vice-presidente da Tanzânia aos delegados a 3 de Setembro.

“Os serviços meteorológicos e hidrológicos na região exigem a expansão e modernização de redes de observação, um sistema de telecomunicações moderno para comunicar dados relevantes e trocar instrumentos de processamento e previsão”. A reunião ministerial africana abordará a contribuição dos serviços meteorológicos nacionais para os esforços dos governos africanos de desenvolverem medidas de adaptação às alterações climáticas.

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