Os nossos leitores elegeram as seguintes Xiconhoquices na semana finda:
Qualidade de infraestruturas públicas em Inhambane
Todas as vezes que chove ou faz um vendaval em qualquer parte do país a história é sempre a mesma: destruição de infra- -estruturas públicas, com destaque para estabelecimentos escolares e hospitais. Desta vez, a situação deu-se na província de Inhambane onde a passagem do ciclone tropical Dineo pela província deixou pelo menos sete vítimas mortais, dezenas de feridos e desabrigou cerca de 130 mil pessoas. No pico do ciclone, os ventos superaram os 150 km/h levantando os tectos de dezenas de milhares de habitações, mais de uma centena de escolas, dezenas de unidades sanitárias e edifícios públicos. O ciclone Dineo deixou evidente o que sabemos por experiência: a má qualidade das obras públicas. Aliás, não é novidade para os moçambicanos de que o nosso país é líder em obras de péssima qualidade. Basta um mero vendaval que tudo desaba.
Aeroporto em Gaza
O Governo moçambicano é, sem dúvidas, o mais insensato da face da terra, pois tem vindo a cometer asneira quase todos os dias. Depois do elefante branco que é o Aeroporto Internacional de Nacala, construído com empréstimo feito ao Governo brasileiro, eis que o Executivo de Nyusi decidiu contrair um empréstimo ao Banco de Exportações e Importações da China no valor de 60 milhões de dólares para dar início à construção do aeroporto de Chongoene, na província de Gaza. Esta é, sem sombras de dúvidas, a demonstração da falta de bom senso por que ainda se rege o Governo da Frelimo. O país debate-se com várias situações que merecem prioridades, mas Nyusi e a sua turma optam por fazer empréstimos para dar corpo a uma infra-estrutura dispensável nestes momentos de crise. Parece que essa corja não assimilou a lição de Nacala.
Caça Furtiva
A caça furtiva em Moçambique soma e segue e as autoridades nacionais fingem que o assunto não lhes diz respeito. Quase todos os dias, são reportados casos de apreensão de troféus de caça ilegal. A título de exemplo, a tonelada de marfim apreendida no Camboja em Dezembro passado não só é proveniente do porto de Pemba como também foram cortados de elefantes moçambicanos. Foi a maior apreensão do ano de troféus da caça ilegal, 1300 quilos de marfim, 10 crânios de um animal, 137 quilos de escamas de pangolim e 82 ossos de diversos outros animais selvagens escondidos em três contentores com toros de madeira provenientes do porto de Pemba, em Cabo Delgado. Esse facto revela a promiscuidade das autoridades moçambicanas nesse negócio ilegal, pois não se justifica que aquela quantidade tenha passado pelo porto sem fiscalização. Quanta Xiconhoquice!