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Papa encerra viagem à África com visita a mesquita em local sitiado

O papa Francisco visitou um dos bairros mais perigosos do mundo, nesta segunda-feira, para pedir a cristãos e muçulmanos que acabem com uma espiral de ódio, vingança e derramamento de sangue que já matou milhares de pessoas nos últimos três anos. Sob segurança, Francisco passou por uma zona isolada para entrar em PK5, um distrito onde a maioria dos muçulmanos que não fugiram da capital da República Centro-Africana agora busca refúgio.

O bairro foi separado do resto da capital Bangui pelos últimos dois meses por um cerco das chamadas milícias cristãs anti-Balaka, que bloqueiam a entrada de suprimentos e impedem os muçulmanos de sair.

Uma presença pesada das forças de paz da ONU, com fuzis e coletes à prova de bala, era vista por todo PK5 e veículos blindados armados com metralhadoras foram posicionados ao longo da rota da comitiva do papa. Atiradores da ONU foram posicionados no alto dos minaretes que decoram a mesquita verde e branco recém-pintada, onde centenas de muçulmanos de PK5 ouviram quando Francisco fez um apelo pelo fim da violência.

“Cristãos e muçulmanos são irmãos e irmãs”, disse o papa depois de um discurso do imã Moussa Tidiani Naibi, um dos líderes religiosos locais que tentam promover o diálogo. “Aqueles que dizem crer em Deus também devem ser homens e mulheres de paz”, disse ele, observando que os cristãos, muçulmanos e seguidores de religiões tradicionais viveram juntos em paz por muitos anos.

O papa Francisco vai terminar a viagem para a África com uma missa para dezenas de milhares de católicos no estádio nacional da República Centro-Africana, antes de retornar a Roma.

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