Pouco mais de 20 mil mudas de coqueiros foram distribuídas a algumas comunidades do distrito costeiro de Moma, a sul da província nortenha de Nampula, com vista a fazer face à doença do amarelecimento que afectou muitos campos deste produto naquela região, tal como na província vizinha da Zambézia.
Segundo o administrador do distrito de Moma, Daniel Ramos, citado hoje pelo jornal “Notícias”, presentemente decorre um estudo para o repovoamento do coqueiro noutros pontos do distrito, tais como Mucoroge e outras zonas consideradas maiores produtoras de coco.
Entretanto, as autoridades do sector da Agricultura têm projectado um programa de informação sobre a doença do amarelecimento do coqueiro, para o controlo do vector transmissor, análise epidemiológica e pesquisa de variedades resistentes à doença, montagem de viveiros e replantio de coqueiros, abate das plantas infectadas, assim como a promoção de culturas de rendimento alternativas para além de apoio ao agro-processamento e ligações de mercado aos produtores.
Estima-se que pelo menos 24 milhões de coqueiros estejam infectados pela doença do amarelecimento, o que em certa medida contribuiu para a redução da produção daquela cultura em algumas regiões dos distritos de Moma, na província de Nampula, e Pebane, na Zambézia, situação que diminuiu a extracção de copra. Daniel Ramos revelou que ainda no ramo da agro-pecuária, o distrito já produz frangos e ovos em quantidade e qualidade que actualmente são fornecidos à multinacional Kenmare, abdicando deste modo do mercado internacional, nomeadamente África do Sul.
Em Topuito, onde a Kenmare explora as areias pesadas, algumas associações de camponeses tem estado a fornecer mil ovos por dia àquela multinacional, para além de hortícolas como couve e tomate.
