O debate sobre o cessar-fogo entre o Governo moçambicano e a Renamo continua, mas as delegações, em diálogo político, ainda não têm nenhuma data para o término dos confrontos armados, que nos últimos dois meses circunscrevem-se a região centro do país. Ambos afirmam que tal está dependente do entendimento sobre os termos de referência ainda na mesa de diálogo.
Para a delegação do Governo, depois de se concluir os debates sobre os termos de referência inicialmente propostos pela Renamo e que foram consensualizados por uma comissão de peritos militares de ambas as partes, estarão criadas as condições para o encontro ao mais alto nível entre o Presidente da República, Armando Guebuza, e o líder da Renamo, Afonso Dhlakama. E, é neste encontro, segundo o chefe da delegação do Executivo, José Pacheco, que se irá efectivar o cessação das hostilidades.
Por sua vez, a equipa da Renamo, embora reconheça que o cessar-fogo deve ser declarado oficialmente pelo Presidente da República e o líder da Renamo, não dá ênfase a esse encontro por entender que o trabalho que levará a esse objectivo comum e urgente deve ser feito na mesa de diálogo.
Por outro lado, a Renamo deixou transparecer que não há nenhum problema em o seu líder deslocar-se à cidade de Maputo, bastando para o efeito que se criem condições de segurança. “O local para a assinatura do documento final não interessa, pode ser em Maputo ou outro lugar, basta que haja garantia de segurança”, afirmou o chefe da delegação da Renamo, Saimone Macuiane.
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