A crise de água potável com que se debate a província de Nampula, há anos, sobretudo os bairros periféricos da cidade, parece ter uma solução. A Direcção Provincial das Obras Públicas e Habitação (DPOPH) em Nampula diz que dispõe de 350 milhões de meticais para abrir 300 novos furos de água e a reabilitar outras duzentas fontes de abastecimento em estado obsoleto.
À semelhança do que acontece noutros pontos do território moçambicano, em Nampula, o desespero dos munícipes é notável no momento de procurar o precioso líquido, pois percorrem quilómetros para obter um bidão de 20 litros ou, na pior das hipóteses, uma quantidade muito inferior a que nos referimos.
Simão Lourenço, chefe de Departamento de Água na DPOPH em Nampula, explicou ao @Verdade que o montante anunciado resulta de uma contribuição entre o Estado moçambicano e parceiros de cooperação que operam naquela parcela do país. Numa primeira fase, o projecto vai abranger a cidade de Nampula, os distritos da Ilha de Moçambique, Ribáuè e Moma considerados os mais críticos no que diz respeito ao fornecimento de água.
De acordo com o nosso interlocutor, o programa prevê, também, a minimização do consumo da água imprópria por parte da população e atingir uma taxa de cobertura de 70 porcento até 2015, contra a actual de 54 porcento.