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Governo e Renamo acordam participação da SADC no debate sobre o cessar-fogo

As delegações do Governo e da Renamo, em diálogo político, analisaram esta segunda-feira (24), na generalidade, os termos de referências produzidos pelos peritos militares de ambas as partes que servirão de guia para a participação de observadores internacionais no processo de cessar-fogo, tendo-se chegado a consenso apenas no que diz respeito à Comunidade dos Países da África Austral, sendo que sobre a União Europeia e os Estados Unidos da América a questão será finalizada quando se discutir o documento na especialidade.

No documento proposto inicialmente, referente a essa matéria, a Renamo propunha o envolvimento dos países da Comunidade para Desenvolvimento da África Austral (SADC), União Europeia (UE) e os Estados Unidos de América como fiscais desse processo.

Entretanto, hoje, as partes acordaram apenas sobre a presença de países da SADC, sendo que, sobre a participação da UE, a questão será finalizada quando se discutir o documento na especialidade, ponto por ponto.

“Para já, existe abertura para a participação de Botswana, Zimbabwe, África do Sul, mas como Governo estamos abertos para o envolvimento de mais países da SADC”, disse o chefe da delegação do Governo, José Pacheco, explicando em seguida que a participação da UE, nesse processo, ainda será matéria de discussão.

Pacheco explicou que a cedência do Governo em relação à participação de entidades estrangeiras visa dar confiança à Renamo, pois este mostra-se desconfortável, neste momento. “Se a confiança à Renamo é dada pela presença de entidades internacionais, o Governo, para que o país conheça uma paz afectiva, fez a essa cedência”, afirmou. Para Pacheco, o Governo estava em condições de levar a bom termo essa missão de cessar-fogo.

Enquanto isso, a Renamo considera ainda que a questão de fundo é referente aos países que devem ser envolvidos. “Na nossa proposta, além dos países da SADC, colocamos da UE, tal é o caso de Itália, Portugal e Grã-Bretanha e incluímos os Estados Unidos da América e nessa matéria ainda não há consenso”, disse o chefe da delegação da Renamo, Saimone Macuiane.

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