O porta-voz do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), Geraldo carvalho, disse que a sua formação política tem um mandato para concorrer nas próximas eleições sem se coligar a outros partidos. Referiu que não vai usar este mandato para salvar os partidos que, por sí sós, deixaram-se afundar, caíndo no descrédito.
Falando a jornalistas na capital moçambicana, disse que nas próximas eleições, o MDM não vai se coligar a nenhum partido político sem perfil. Entretanto, Carvalho, comentando as declarações do Secretário para Mobilização e propaganda do partido FRELIMO, Edson Macuácua, segundo as quais o MDM fazia uma política emocional, disse que o portavoz da FRELIMO está com medo do MDM. “No lugar de se ocupar com a organização do seu partido, preocupa-se com os assuntos dos outros, tanto mais que, o seu presidente copiou o slogan do MDM, Moçambique melhor para todos.
Segundo Carvalho, o slogan usado pelo Presidente da FRELIMO durante a abertura da Sétima Conferência de Quadros, “ Moçambique melhor para todos”, contradiz as políticas defendidas pela Frelimo que são de exclusão, onde para ocupar um posto público é necessário ser membro daquela formação política, sem se olhar para as capacidades técnicas e profissionais.
De acordo com Carvalho, “ uma política inclusiva e para todos os moçambicanos foi implementado na Cidade da Beira durante a governação de Deviz Simango, onde todas as pessoas independentemente das suas cores partidárias, ocupam os seus postos na gestão do Conselho Administrativo daquela autarquia.
Foi a construção da casa Mortuária, na qual todos têm acesso sem olhar para as proveniências. Foi com as políticas inclusivas e viradas para o povo que a Beira deixou de ser num dos principais focos de cólera com o melhoramento das condições de saneamento público”.
Um partido político é composto por pessoas e a sua actuação não depende apenas da sua legalização, disse Carvalho, tendo acrescentado que, o MDM é reconhecido a nível nacional e está a se instalar em todo o território nacional. Aliás, segundo Carvalho, o MDM já realizou a sua Assembleia Constitutiva, e em breve vai realizar, em Nampula, a sua Conferência Nacional onde vão ser escolhidos os candidatos para os diversos órgãos nas próximas eleições.
Deviz Simango, Presidente do MDM, está a trabalhar nos distritos da província de Sofala e vai à Niassa e Zambézia e outras partes do País, afirmou Carvalho, tendo acrescentado que o seu partido é de âmbito nacional por isso vai estar em todo o país. Aliás, nas províncias de Inhambane, Gaza e Maputo, o nível de adesão supera as espectativas iniciais do partido.
Entretanto, Carvalho denunciou campanhas de intimidação dos seus membros nos distritos, salientando que “em Caia, o representante do MDM foi algemado e espancado a mando do Administrador local, pelo facto de estar a recrutar membros sem perturbar a ordem pública. Em Angónia, o representante do MDM foi expulso do seu posto de trabalho que ocupava por ser do MDM. Em Marínguè, Elide Papulete, foi detido sem justa causa”, frisou.