Em Moçambique, cerca de 220 crianças menores de cinco anos de idade, apoquentadas por diversas doenças, morrem, por dia, devido à falta de tratamento médico atempado e, anualmente, são registados cerca de 80 mil óbitos.
Segundo a Save the Children, algumas doenças que tiram a vida dos petizes, tais como a malária, pneumonia e diarreia poderiam ser evitadas ou tratadas, mas as medidas nesse sentido são ineficazes.
A informação foi avançada esta quinta-feira (25), em Maputo, por aquela organização que trabalha em prol da criança. Apontou-se igualmente que a limitada capacidade de recursos humanos na saúde é um dos factores que originam essas mortes. Em 2010, por exemplo, o país possuía um rácio de 3,9 médicos e 25 enfermeiros para 100.000 habitantes, facto que não deixa dúvidas de que as unidades sanitárias moçambicanas ainda se debatem com problemas de falta de pessoal e ainda estão entre os países com os índices mais baixos na região africana e no mundo.
A Save the Children disse que o baixo acesso aos serviços de saúde por parte da população varia, de forma desproporcional, de acordo com a província. Por exemplo: em 2011, os centros de saúde da Zambézia atenderam menos de 50% de crianças que padeciam de febre, contra 70% em Gaza e 84% em Nampula.
Umas das soluções para suprir o défice de atendimento, na óptica da Save the Children, é a capacitação das comunidades com vista a promoverem os serviços de saúde, terem habilidades para efectuar diagnósticos e o tratamento primário das crianças.